Não houve reclamações à escolha de Tiago Guedes para o Rivoli

Escolha ainda não é oficial, por decorrerem ainda os prazos legais do concurso público

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O vereador da Cultura da Câmara do Porto, Paulo Cunha e Silva, garantiu, na manhã desta terça-feira, que a escolha do coreógrafo Tiago Guedes como director de programação do Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Aberto, não foi alvo de qualquer reclamação. Uma realidade que, para o vereador, é “a evidência da transparência” com que o concurso público decorreu, disse Cunha e Silva na reunião pública do executivo.

A escolha de Tiago Guedes foi levantada pelo vereador do PSD Ricardo Almeida, que pediu esclarecimentos sobre a situação do concurso. “Gostaria de ter mais informações sobre a matéria. Houve acusações públicas de que este concurso estaria feito para o coreógrafo Tiago Guedes e quem ganhou o concurso foi o Tiago Guedes. Não tenho nada contra esta escolha, mas parece-me que este assunto deveria ser trazido aqui”, disse o social-democrata.

O presidente da câmara, Rui Moreira, explicou que o resultado do concurso ainda não era oficial porque “os trâmites legais” ainda estavam a decorrer. Depois, Paulo Cunha e Silva confirmou esta situação, precisando que no período de audiência prévia “não houve reclamações”. O vereador defendeu que o processo “decorreu normalmente” e que não poderia ser “mais transparente”.

Conforme o PÚBLICO adiantou no início do mês, o coreógrafo Tiago Guedes foi o escolhido para director de programação dos dois pólos do teatro municipal da cidade. Dos restantes três candidatos que tinham passado à segunda fase, um foi excluído, por faltar a assinatura digital na proposta, essencial à sua aceitação, e os outros dois obtiveram pontuações inferiores às de Tiago Guedes.

O concurso público para a direcção dos teatros Rivoli e Campo Alegre foi alvo de várias críticas e houve mesmo quem tivesse pedido a sua anulação, como o encenador Carlos Fragateiro, autor de uma carta aberta enviada a Rui Moreira e ao líder socialista na câmara, Manuel Pizarro.

A câmara sempre recusou as críticas, frisando que a decisão de abrir um concurso público fora uma opção política, uma vez que o vereador da Cultura poderia ter escolhido directamente o director de programação do teatro municipal.

Assim que for formalizada a escolha do director de programação, este tem entre 60 a 90 dias para apresentar o seu projecto de programação ao vereador da Cultura, que terá de o aprovar. Paulo Cunha e Silva pode pedir alterações ou a reformulação total do projecto, se não concordar com o mesmo.

O director de programação do Rivoli e do Campo Alegre é contratado pelo prazo de três anos. 

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