Movimento insiste na realização de tourada em Viana, para 7 de Setembro

Depois de falharem uma formalidade, organizadores entregam terça-feira novo pedido de licenciamento do espectáculo.

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A corrida de touros, a acontecer, será realizada numa praça desmontável, como nos anos anteriores Paulo Pimenta

Um movimento de Viana do Castelo anunciou segunda-feira que vai entregar, na Câmara Municipal, um novo pedido de licenciamento de uma praça de touros amovível após a rejeição liminar que impediu o espetáculo taurino do último domingo. Segundo José Carlos Durães, porta-voz do movimento pró-touradas "Vianenses pela Liberdade", o pedido será entregue esta terça-feira nos serviços camarários.

"Tenho a certeza que o processo vai estar todo em ordem. Desta vez não vai faltar nada. Errar, só se erra uma vez", sustentou o responsável, em declarações à agência Lusa.

No sábado, o movimento anunciou o adiamento para 7 de Setembro da corrida de touros que havia sido prevista para o dia seguintre, domingo, "devido a problemas administrativos criados pela Câmara de Viana do Castelo". A autarquia rejeitou, na sexta-feira passada, "liminarmente", o pedido de licenciamento para a instalação de uma praça amovível para a realização do espectáculo, alegando "incumprimento formal do processo".

De acordo com fonte autárquica contatada pela Lusa, os organizadores da corrida de touros "não apresentaram cópia da apólice de seguro de acidentes pessoais", um elemento "fundamental, exigido por lei", para o licenciamento deste tipo de espectáculos. Face à decisão camarária, o movimento de aficionados acusou o autarca socialista José Maria Costa de "continuar a agir de má-fé, a cometer ilegalidades e a atacar os direitos e liberdades dos cidadãos de Viana do Castelo, envergonhando a cidade".

O grupo garantiu, na altura, que "a legalidade e a liberdade serão repostas no dia 7 de Setembro com a terceira corrida da "Liberdade". De acordo com o porta-voz do grupo, tinham sido vendidos mais de 300 bilhetes para a tourada de domingo passado, a realizar numa estrutura amovível com capacidade para acolher 3200 espetadores, e "apenas oito pessoas pediram a devolução do dinheiro". "São emigrantes que já não vão estar em Viana do Castelo a 7 de Setembro", explicou José Carlos Durães.

O responsável explicou ainda que a praça amovível, que já se encontrava instalada em Darque desde 19 de Agosto, vai ser desmontada, terça-feira, "porque no dia 01 de setembro vai receber uma corrida de touros em São João da Pesqueira".
No dia 3 de setembro estará de regresso à primeira cidade antitouradas do país, para ser novamente montada em terrenos privados, na margem esquerda do rio Lima, numa área conhecida localmente como a "Seca do Bacalhau". Trata-se do mesmo local onde decorreu a tourada do ano passado, com a presença, segundo a organização, de mais de 2550 espetadores.

Em 2012 e 2013 as touradas realizadas em Viana do Castelo foram promovidas pela Prótoiro, federação de associações taurinas. Tal como em 2012, a tourada do ano passado aconteceu porque o Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga aceitou uma providência cautelar apresentada pela Prótoiro, para suspender o primeiro indeferimento municipal.

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