Motociclos vão poder circular nas faixas Bus do Porto a partir de Maio

Universidade do Porto vai acompanhar os impactos que a medida terá no sistema de transportes da cidade.

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Helder Olino

Motociclos e ciclomotores vão passar a poder circular em faixas Bus de algumas zonas da cidade do Porto a partir de Maio, no âmbito de um projecto-piloto que a câmara vai realizar pelo menos durante um ano e meio.

A zona onde arrancará este projecto inclui as ruas do Bonfim, de Fernandes Tomás, Sá da Bandeira, Formosa, de Camões, António Luís Gomes, da Trindade, do Clube dos Fenianos e a dos Heróis e dos Mártires de Angola. A avenida Fernão Magalhães, o Campo 24 de Agosto, a praça da Liberdade, a avenida dos Aliados e a praça General Humberto Delgado integram ainda a zona piloto.

Em comunicado, a Câmara do Porto anunciou que esta medida será acompanhada por um estudo da Universidade do Porto e vai ser submetida à aprovação do executivo na reunião camarária de terça-feira, entrando em vigor a 1 de Maio. O projeto-piloto arrancará numa primeira fase em 14 artérias do centro da cidade.

Antes de avançar com o projecto, a autarquia "pediu pareceres, obrigatórios mas não vinculativos", à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e ao Instituto da Mobilidade e dos Transportes. "No final dos primeiros seis meses deverá ser feita uma primeira avaliação global dos impactos desta medida", podendo depois disso a zona piloto "ser alargada para cerca de 50% da extensão total dos corredores Bus existentes na cidade". A Câmara do Porto adianta que "caso os resultados sejam positivos" no final dos 18 meses desta experiência, "a permissão poderá ser alargada na generalidade a toda a cidade".

O Porto será o primeiro município a aplicar a nova legislação e a permitir a circulação de motociclos nos corredores Bus, segundo a autarquia. Com esta medida, o presidente da câmara, Rui Moreira, cumpre uma das medidas incluídas no Manifesto Eleitoral com que se apresentou às eleições de Setembro de 2013.

"Esta medida poderá trazer vantagens em termos de redução do tempo de viagem, redução dos níveis de emissão de CO2, aumento de segurança para os motociclistas, incentivo à transferência modal do automóvel para o motociclo e, não menos importante, redução do tráfego automóvel", conclui a autarquia.

Caberá à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto avaliar "todos os impactos, negativos e positivos, que a permissão de circulação de ciclomotores e motociclos nos corredores Bus terá no sistema de transportes", lê-se na nota.


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