Metro Mondego financiado por fundos comunitários gera satisfação em Coimbra

As obras foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

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O Metro Mondego foi projectado para circular no Ramal da Lousá e num tramo urbano em Coimbra DR

Os líderes distritais do PSD e do PS de Coimbra mostraram-se nesta quarta-feira satisfeitos com a possibilidade do projecto Metro Mondego ter acolhimento no próximo quadro comunitário, através dos Programas Operacional Nacional e Operacional Regional.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, afirmou na terça-feira que o Governo lhe deu a garantia de que o projecto "terá acolhimento" no próximo quadro comunitário.

"A garantia que me dão é que o Metro Mondego vai ser financiado por fundos comunitários", podendo ter "acolhimento nas linhas do Programa Operacional Nacional e do Programa Operacional Regional", disse Manuel Machado, durante a sua intervenção na assembleia municipal.

Em declarações à agência Lusa, o líder distrital do PSD, Maurício Marques, saudou o facto de o Governo "ter encarado com realismo a questão do metro", para que a mobilidade em Coimbra e nos concelhos abrangidos seja "uma realidade".

O dirigente e deputado social-democrata disse ter também informação do Governo de que o Metro Mondego terá enquadramento nos Programas Operacionais Nacional e Regional, o que corresponde à "reclamação dos deputados do PSD de Coimbra do projecto ser candidatado aos fundos comunitários".

Pedro Coimbra, presidente da Federação Distrital do PS de Coimbra, felicitou, também em declarações à agência Lusa, a posição do Governo, mas lamentou a decisão tardia, embora "bem-vinda e a tempo, depois de tantos avanços e recuos".

"Naturalmente que essa é a posição correta e que o PS há muito tem defendido com sentido de responsabilidade. Os fundos estruturais são há muito a solução política que defendemos para a concretização deste importante projecto", sublinhou.

O dirigente socialista ressalva, no entanto, que "quando se fala no projecto e financiamento, é fundamental ter-se em conta que o projecto inclui a linha urbana e suburbana, pelo que o financiamento e concretização têm de ser na totalidade".

Para o Movimento Cívico de Coimbra, Lousã, Miranda do Corvo e Góis, esta é mais uma promessa, depois de tantas outras.

"Queremos ir de promessa em promessa até à vitória final, mas só ficaremos satisfeitos quando a obra for executada e se possa ir de Serpins (Lousã) até à estação velha (Coimbra) num transporte sobre carris", frisou à Lusa o porta-voz do movimento, Jaime Ramos.

A execução do projecto, inserido no Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), contempla a instalação de um metro ligeiro de superfície do tipo "tram-train" - com capacidade para circular nos eixos ferroviários, urbanos, suburbanos e regionais - na cidade de Coimbra e no Ramal da Lousã, onde as obras foram iniciadas mas estão interrompidas.

O Ramal da Lousã foi desactivado em Janeiro de 2010, estando concluído, no âmbito do projecto, parte das empreitadas entre Alto de São João (Coimbra) e Serpins (Lousã), correspondentes à Linha Verde, primeira fase do Metro Mondego, que foram interrompidas há cerca de dois anos após um investimento de cerca de 140 milhões de euros.

 

 

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