Greve pára metro de Lisboa até quarta-feira de manhã

Circulação interrompida devido a greve dos trabalhadores. Carris vai reforçar carreiras.

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Greve dos trabalhadores dura 24 horas Rui Gaudêncio

Durante esta terça-feira e até às 6h30 de quarta-feira, o metro de Lisboa está parado devido a uma greve de trabalhadores, que protestam contra a concessão da empresa a privados.

À semelhança do que aconteceu em greves anteriores, durante o período da paralisação, a Carris vai reforçar algumas das suas carreiras, para tentar colmatar a suspensão da circulação do metropolitano da capital. Assim, haverá um reforço dos autocarros 726 (Sapadores-Pontinha), 736 (Cais do Sodré-Odivelas), 744 (Marquês de Pombal-Moscavide) e 746 (Marquês de Pombal-Estação da Damaia).

Segundo informação do Metropolitano de Lisboa, esse reforço vai ser feito através de um número suplementar de autocarros, pelo que não será afectado o planeamento do serviço normal da rodoviária.

A greve levou a empresa a suspender o serviço entre as 23h15 de segunda-feira e as 6h30 de quarta-feira, altura a partir da qual o metro começará a circular normalmente.

Anabela Carvalheira, dirigente da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, disse ao PÚBLICO que na parte operacional a adesão é "muito elevada", ultrapassando os 90%, enquanto na parte administrativa e de técnicos superiores ainda é cedo para fazer um balanço.

Segundo a Fectrans, os trabalhadores estão contra a concessão da empresa a privados e a degradação das condições de trabalho.

O Governo anunciou recentemente que o concurso para concessão da empresa e da Carris — por um período mínimo de nove anos deverá ser lançado no final deste mês ou no início de Novembro.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, que na segunda-feira à noite esteve à porta das instalações do Metropolitano de Lisboa, alertou que a greve "tem de ser apoiada pelos funcionários e pelos utentes, porque é uma luta de todos, em defesa do serviço público".

"Esta é uma luta de grande significado. Os trabalhadores do Metropolitano estão a lutar pelos seus direitos e a lutar pela população de Lisboa, em defesa de um serviço público e de qualidade", frisou o sindicalista, citado pela agência Lusa.

Arménio Carlos lembrou ainda que os trabalhadores do Metropolitano perderam o complemento de reforma, além de não verem os salários aumentados há anos. com Lusa

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