Menezes: “Rui Rio é das pessoas mais sérias na política portuguesa”

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Luís Filipe Menezes considera Miguel Relvas um "homem sério, competente e eficaz" Luís Ramos/Arquivo

O social-democrata Luís Filipe Menezes defendeu nesta quarta-feira o presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, no caso dos contratos swap da Metro do Porto, frisando que, apesar das divergências, o considera “das pessoas mais sérias na política portuguesa”.

“Posso, neste momento, ter divergências, que são reais e evidentes em relação ao dr. Rui Rio, mas serei o primeiro a dizer que o considero das pessoas mais sérias na política portuguesa”, frisou Luís Filipe Menezes, em declarações à Lusa sobre as operações swap (contratos de cobertura de risco) na Metro do Porto.

Admitindo “discordar” da forma como o Porto tem sido gerido, o também candidato do PSD à autarquia portuense afirmou-se “implacável na defesa da seriedade intelectual” de Rui Rio.

“Posso discordar de muitas coisas da gestão do Porto dos últimos dez anos, mas há uma coisa em que sou implacável: na defesa da seriedade intelectual do dr. Rui Rio”, vincou, no fim de uma reunião com o reitor da Universidade do Porto.

Menezes disse conhecer “mal o assunto” dos contratos swap, mas destacou a “seriedade à prova de bala” dos autarcas com representação na empresa, nomeadamente de Rui Rio, durante muito tempo presidente da Metro do Porto.

“Há uma coisa da qual estou completamente seguro: do ponto de vista da seriedade das pessoas envolvidas, nomeadamente dos autarcas e do presidente da Câmara do Porto, não tenho quaisquer ilusões nem quaisquer dúvidas: acho que são pessoas de uma seriedade à prova de bala”, disse.

O ainda presidente da Câmara de Gaia considera que “a única questão que é preciso saber” em relação aos contratos swap é “com que tipo de transparência e com que tipo de ganhos públicos foram efectuados”.

Menezes rejeita, contudo, que “Rui Rio, ou qualquer autarca, esteja envolvido em qualquer processo menos transparente à volta de matérias como essa”.

“Os contratos swap eram contratos financeiros que, nas últimas décadas, foram utilizados por várias instituições públicas e privadas”, observou.

Referindo ter sido “sempre saneado” da administração da Metro do Porto, Menezes defendeu não poder “dizer que tudo foi legal e correcto”, por não conhecer os processos, mas salientou ser inquestionável a seriedade dos autarcas.

“Nunca me quiseram como administrador do metro, fui sempre saneado, mantiveram-me sempre longe e distante de todos esses processos. Não posso dizer que tudo foi legal, que tudo foi correcto, porque não conheço. Mas a minha convicção é fortíssima de que, em matérias de seriedade, os autarcas, nomeadamente o dr. Rui Rio, são inquestionáveis.”

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