Mais Imaginarius da Feira bate recorde com performances artísticas de 22 paises

Júri tem nas mãos 159 candidaturas e vai seleccionar 20 projectos de intervenção no espaço público

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A partir de 24 de Maio e ao longo de três dias, a Feira vai receber 117 espectáculos de 16 países paulo pimenta

O Mais Imaginarius nasceu como uma espécie de extensão do Imaginarius – Festival Internacional de Teatro de Rua de Santa Maria da Feira para mostrar performances artísticas de ocupação do espaço público, sobretudo oriundas da Europa, encaixadas numa programação off. Entretanto tudo mudou. Este ano, e pela primeira vez, o Mais Imaginarius entra no cartaz oficial daquele que é considerado o maior festival de artes de rua realizado em Portugal e atingiu uma procura nunca antes vista. O prazo de apresentação de candidaturas terminou com a recepção de 159 propostas de 22 países. À sétima edição, o Mais Imaginarius bate o recorde e, feitas as contas, verifica-se um aumento de 76 por cento em relação à edição do ano passado, em que deram entrada 90 candidaturas de 13 países.

Neste momento, o júri tem em cima da mesa as 159 propostas para a ocupação do espaço público feirense com intervenções  de várias partes do mundo - Estados Unidos, Canadá, Austrália, Brasil, Uruguai, Argentina, México, Chile, Colômbia, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Itália, Bélgica, Irlanda, República Checa, Bulgária, Hungria, Roménia, França, Áustria e Portugal. Destes 159 projectos serão escolhidos 20 que serão apresentados no próximo Imaginarius que ocupará as ruas do centro histórico feirense a 22 e 23 de Maio. O Mais Imaginarius não deixou apenas de ser off. Há mais novidades no programa. Os três melhores projectos artísticos ganham prémios em dinheiro. O primeiro 2500 euros, o segundo 1500 e o terceiro 1000. E a organização, além de disponibilizar o espaço público, assume as ajudas de custo para deslocações dos artistas seleccionados. 

A selecção das propostas está nas mãos de um júri composto por especialistas de escolas artísticas nacionais da ESMAE – Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo e do DeCA – Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, e ainda por directores de festivais internacionais de artes de rua, como o britânico GDIF, o holandês Spoffin e o espanhol FiraTàrrega. O currículo do júri é, para o vereador da Cultura da Câmara da Feira, Gil Ferreira, uma das explicações para o aumento da procura. Mas há mais. Outra é o desafio lançado a companhias nacionais e internacionais para usarem a imaginação na criação de produções originais para o Imaginarius. “Desta forma, privilegiamos os novos valores da criação artística contemporânea para rua e premiamos a criatividade de projectos pensados para o nosso festival”, realça o vereador.

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