Loures reitera necessidade de prolongar rede do metropolitano até ao concelho

Solução pode passar pelo prolongamento da linha amarela do Metro de Lisboa, através de uma ligação à superfície entre a estação de metro de Odivelas e a cidade de Loures.

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Nuno Ferreira Santos

O presidente da Câmara de Loures, Bernardino Soares (CDU), reiterou nesta terça-feira a necessidade de a linha amarela do metropolitano de Lisboa ser prolongada até ao concelho, sublinhando que a medida iria afastar muitos carros da capital.

"É imprescindível uma ligação entre a cidade de Loures, Santo António dos Cavaleiros, e mesmo as zonas limítrofes do concelho de Odivelas, com a linha amarela do Metro [Rato-Odivelas], para permitir um acesso mais rápido e eficaz e diminuir em milhares o número de viaturas a deslocar-se para Lisboa", afirmou Bernardino Soares.

O autarca, que falava à agência Lusa à margem de um debate sobre transportes públicos no concelho de Loures, referiu que irá discutir com o Governo essa pretensão do município. "Vamos procurar que este ou o próximo Governo tenha em atenção esta necessidade de investimento e de uma solução que é para 100 mil pessoas. É para servir muita gente", apontou.

Bernardino Soares referiu que o executivo municipal estará aberto a várias soluções que poderão passar, por exemplo, por uma ligação à superfície entre a estação de metro de Odivelas e a cidade de Loures.

A situação dos transportes públicos no concelho de Loures foi hoje de manhã discutida num colóquio, realizado no Hospital Beatriz Ângelo, durante o qual foram apresentados os resultados de um inquérito que tinha sido feito à população do município sobre o tema. A "falta de carreiras", sobretudo para o hospital, e o "elevado preço" dos bilhetes, foram as principais críticas apontadas no inquérito. Os horários dos transportes públicos não serem adequados é o principal motivo invocado por 20,3% de inquiridos para evitarem o transporte público.

O presidente da Câmara de Loures reconheceu que a deslocação em transportes públicos nalguns pontos do concelho "ainda é muito complicada", criticando, sobretudo, os problemas de acessibilidade ao hospital Beatriz Ângelo. O autarca fez esta manhã a viagem de autocarro desde Fetais, na freguesia de Camarate, até ao hospital. O percurso, que de carro demora cerca de 15 minutos a fazer, demorou 1h10 de autocarro, com necessidade de transbordo. Só a viagem de ida custou 5,50 euros por pessoa.

"Acho extraordinário ter-se feito um hospital sem planear a situação dos transportes públicos. Temos vindo a tentar corrigir alguns aspectos com os operadores", apontou.

 

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