Loulé baixa IMI e recupera autonomia financeira

Município, para se libertar da “troika governamental”, antecipa em três anos o pagamento do PAEL, no valor de dez milhões de euros

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A câmara de Loulé anunciou que vai recuperar a “autonomia financeira”, antecipando o pagamento do resgaste financeiro, a que estava submetida por via do PAEL – Programa de Apoio à Economia Local. O presidente do município, Vítor Aleixo, disse nesta segunda-feira, em conferência de imprensa que o pagamento da divida, no valor de dez milhões de euros, será efectuado até final do ano. Por outro lado, destacou ainda que vai proceder ao desagravamento das condições de vida da população. “Vamos baixar o IMI, no próximo ano, e pôr em prática um programa de apoio social aos mais carenciados”, prometeu.

Vítor Aleixo justifica estas medidas com o facto de ter sido possível conjugar o aumento da receita autárquica, por via do Imposto Municipal sobre Transacções (IMT), reduzindo ao mesmo tempo a despesa. Em relação a 2013, a despesa baixou 6,2% e a receita subiu 4,6%. “Estamos a cumprir o nosso compromisso”, sublinhou, durante o encontro com a comunicação social destinado a fazer o balanço de um ano de mandato

A actualização do valor patrimonial dos imóveis, num concelho de forte pendor turístico, foi outro dos factores que permitiu aliviar o peso da divida. O autarca socialista disse que encontrou o município num “descalabro financeiro”, com um passivo de 80 milhões de euros, e numa situação em que se tornava “insustentável” a gestão da coisa pública.

Para tirar a limpo as contas que lhe suscitam dúvidas, anunciou ainda que vai mandar proceder a uma auditoria financeira, a incidir sobre os anos de 2010 e 1011. “Temos de saber como foi possível gastar tanto dinheiro,”. O objectivo, disse, é “pedagógico, para que os erros não se repitam”.

 

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