Linha ferroviária do Algarve vai ser modernizada com investimento de 120 milhões

Os trabalhos de electrificação da linha devem iniciar-se em 2016.

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Tanto os serviços Urbanos, como Regional e InterRegional serão afectados Adriano Miranda

O presidente da Refer anunciou nesta sexta-feira a intenção de investimento de 120 milhões de euros na modernização da linha ferroviária do Algarve, dinheiro que servirá para electrificar toda a linha e criar uma ligação entre Faro e o aeroporto.

Os trabalhos de electrificação da linha devem iniciar-se em 2016, estando a sua conclusão prevista para 2019, enquanto a obra para a ligação da capital algarvia ao aeroporto se deve iniciar em 2017, estimando-se a sua conclusão em 2021, disse Rui Loureiro.

O presidente do conselho de administração da Refer falava aos jornalistas durante uma visita ao Algarve, no âmbito da qual vai percorrer de comboio toda a linha ferroviária, de Lagos a Vila Real de Santo António, com o objectivo de avaliar as suas condições de exploração e projectar os próximos investimentos.

A electrificação da linha do Algarve vai permitir que os comboios utilizados passem todos a ser eléctricos, possibilitando que atinjam maior velocidade e que sejam mais frequentes, em termos de horários, o que resultará numa melhoria do serviço, perspectivou aquele responsável.

Quanto à ligação ao aeroporto, Rui Loureiro frisou que o investimento, projetado há vários anos mas que nunca avançou, pretende servir o grande número de turistas que chegam ao aeroporto de Faro, estrutura que não dispõe de nenhum transporte direto e regular para a cidade.

Assumindo que a linha necessita de algumas correções, Rui Loureiro observou, contudo, que a plataforma “está bastante razoável” e que os investimentos prioritários são a eletrificação – uma vez que há apenas um troço eletrificado, entre Tunes e Faro -, e a colocação de sinalização, para garantir a segurança dos comboios e maior pontualidade.

Em vista está ainda a eventual relocalização de algumas estações no Algarve, o que passa por criar novas e abandonar outras mais antigas, acrescentou Rui Loureiro, lembrando que a linha do Algarve foi criada há mais de 100 anos.

Aquele responsável justificou a demora no avanço dos investimentos com os estudos que têm de ser feitos e que demoram alguns anos a ser concretizados, até que a obra possa avançar, sendo que os trabalhos deverão estender-se por dois anos.

O projecto de ligação da linha do Algarve a Espanha está, por enquanto, descartada, uma vez que custaria “muitas centenas de milhares de euros”, o que economicamente é “inviável”, concluiu.

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