Líder do PSD-Porto diz que "escola de Portas é a da traição"

Ricardo Almeida culpa o CDS pelo fim da coligação entre os dois partidos no Porto.

O líder da concelhia do Porto do PSD, Ricardo Almeida, disse numa entrevista ao Jornal de Notícias que a escola de Paulo Portas “é a da traição e da deslealdade”. E responsabiliza o CDS pelo fim da coligação entre os dois partidos no Porto.

Questionado sobre a possibilidade de uma nova coligação entre o PSD e o CDS para as autárquicas de 2013, o líder do PSD-Porto afirmou que, no que depender de si, “não haverá coligação”. E explicou: “Enquanto este CDS tiver a escola de Paulo Portas, ou seja, a escola da traição e da deslealdade, não há condições para qualquer tipo de coligação.”

Ricardo Almeida queixa-se de que o CDS tem tentado sempre condicionar as escolhas do PSD. “Anunciou que não apoiava [Luís Filipe] Menezes [na candidatura à Câmara do Porto] na semana em que íamos formalizar o apoio”, exemplificou. No entanto, o PSD não deixa de estar “sensível ao panorama distrital e nacional”, acrescentou.

Em relação à candidatura de Luís Filipe Menezes à Câmara do Porto – aprovada por unanimidade na concelhia social-democrata –, Ricardo Almeida acredita que o actual autarca de Gaia consiga uma “larga maioria” nas eleições de 2013. E defende que nem uma eventual candidatura de Rui Moreira poderá dividir o eleitorado de direita, porque a estratégia do PSD-Porto é “crescer sobretudo no eleitorado de centro-esquerda”.

Rui Moreira, afirmou, “tem toda a liberdade de ser candidato pelo CDS, por outro partido ou como independente”.

Desafiou ainda o eurodeputado Paulo Rangel a candidatar-se a um município nas próximas autárquicas. “É uma figura nacional do PSD, não pode ficar no paraíso de Bruxelas”, afirmou, acrescentando ser “muito importante” a sua candidatura a “uma câmara onde o PS tem tradição de ganhar”, na Área Metropolitana do Porto, no distrito ou noutro município qualquer.

Na mesma entrevista, publicada nesta terça-feira, Ricardo Almeida defende a fusão do Porto com Gaia e até com outros municípios. “Para ganharmos massa crítica, reforçarmos a nossa identidade e nos afirmarmos no panorama nacional e internacional”, explicou. “Quero que esta cidade compita com Madrid, Barcelona, Frankfurt, Paris, Londres.”
 
 

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