Habitações fora de perigo em incêndio no Funchal

Chamas destruíram barracões e anexos durante a noite. Bombeiros concentram combate em zona florestal.

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Incêndio está a ser combatido por meia centena de bombeiros DR

A frente do incêndio que lavra desde esta madrugada na freguesia do Monte, concelho do Funchal, e que estava a ameaçar uma zona de habitações foi extinta.

A protecção civil confirmou que apenas alguns barracões e anexos ficaram destruídos. O combate às chamas está agora concentrado nas duas frentes que ardem em zona florestal.

O presidente do Serviço Regional de Protecção Civil (SRPC), Luís Neri, confirmou ao PÚBLICO que, pelas 12h, a frente que ameaçava habitações estava extinta, estando ainda bombeiros no local "para evitar possíveis reacendimentos", devido ao "vento com alguma intensidade que se faz sentir". Continuam por controlar duas outras frentes que "lavram numa zona de difícil acesso", acrescentou o responsável.

O incêndio teve início pelas 2h15 numa zona florestal da freguesia do Monte. As chamas chegaram a uma zona de habitações dispersas, mas nenhuma foi atingida. Por precaução, alguns dos moradores foram aconselhados a sair das suas casas, mas esta manhã já tinham regressado às habitações. “Apenas barracões e anexos foram afectados durante a noite”, confirmou Luís Neri.

O comandante dos Bombeiros Municipais do Funchal, Nelson Bettencourt, adiantou, por sua vez, à agência Lusa que “a situação mais grave foi na zona dos Lombos, no caminho dos Marcos, devido à propagação, com grande intensidade, do fogo”. “As péssimas condições climatéricas, vento e temperatura alta” alimentaram as chamas. “Esta situação fez que se propagasse muito rapidamente durante a noite”, adiantou o comandante.

Pelas 10h, o vereador com o pelouro da Protecção Civil da Câmara do Funchal, Amílcar Gonçalves, indicou que pelo menos cinco hectares de floresta tinham ardido.

A directora clínica do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, indicou também à Lusa que oito pessoas deram ali entrada com ferimentos ligeiros. "São populares que apresentam pequenas feridas, coisas banais”, afirmou Sidónia Nunes, aditando que cinco doentes “já tiveram alta”. “Um dos utentes teve uma entorse e está neste momento na área da ortopedia” e outros dois “não voltaram a casa porque ainda não é seguro”, acrescentou.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) alargou já esta sexta-feira o prazo do aviso laranja, o segundo mais grave numa escala de quatro, na Madeira e ilha de Porto Santo, até às 20h59 de sábado. Para hoje, o IPMA prevê uma temperatura máxima no Funchal de 28 graus Celsius.

Acompanhe o trabalho especial do PÚBLICO sobre incêndios e florestas e consulte as previsões do site de meteorologia do PÚBLICO.
 

Notícia actualizada às 12h58: Acrescenta que uma das frentes de incêndio foi extinta.
 

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