Homem morreu depois de atingido por árvore em Braga

Vento forte provocou dezenas de acidentes, a maioria causados por quedas de árvores, no Norte e Centro do país.

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Na rotunda da Boavista, uma árvore caiu sobre um carro mas não causou vítimas Paulo Pimenta

Um homem morreu nesta segunda-feira à tarde no Hospital de Braga, para onde foi transportado depois de ter sido atingido por uma árvore. O acidente aconteceu quando a vítima, com cerca de 30 anos, "estava a atravessar a rua na passadeira junto ao tribunal da cidade e apanhou com uma árvore que caiu provavelmente devido ao vento forte que se fazia sentir", explicou à agência Lusa fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Braga.

O mau tempo que se fez sentir durante o dia no distrito de Braga provocou ainda um ferido ligeiro, em Esposende, um homem que estava no interior de um carro quando uma árvore atingiu a viatura. Na Maia, a entrada para a Torre Lidador, onde funcionam os serviços da autarquia, foi encerrada, depois de uma peça da fachada do edifício de 21 pisos ter caído para a Praça Dr. Vieira de Carvalho, sem causar vítimas ou danos materiais. A protecção civil local criou um perímetro de segurança por precaução.

O vento forte que neste início de semana afectou toda a região Norte e Centro do país provocou vários problemas. No Porto, ao final da tarde, uma árvore caiu sobre uma viatura na Rotunda da Boavista, esmagando-a. O acidente, apesar de aparatoso, não provocou feridos, garantiu a Protecção Civil.

Também em frente aos jardins do Palácio de Cristal, uma árvore de grande porte caiu sobre uma das faixas de rodagem da Rua D. Manuel II e, pelas 19h30, impedia o acesso à Rua de Vilar e Rua de Entre-Quintas.

Em Gaia, a queda de uma árvore grande causou a obstrução de um acesso ao Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, ao início da tarde, disseram os Bombeiros Sapadores daquele concelho. A situação ficou resolvida pelas 18h45. O trânsito também ficou congestionado na VCI onde outra árvore de grandes dimensões caiu.

A PSP teve de desenvolver, ao longo do dia, operações de socorro e prevenção, assim como os Sapadores Bombeiros do Porto, que mobilizaram mais de uma dezena de viaturas para a sua zona de acção.

O vento forte danificou ainda infra-estruturas. Na Rua 31 de Janeiro, o telhado de um prédio foi atingido e alguns vidros ficaram partidos. Tanto carros como peões ficaram impedidos de circular nessa rua, que vai continuar cortada porque ainda há riscos associados ao edifício em questão. Apesar de apenas um imóvel ter sido intervencionado durante a tarde, alguns moradores queixaram-se de que outras instalações estão danificadas. Já na Rua São Brás, também no Porto, parte do revestimento de um edifício – três placas metálicas com cerca de quatro metros – caiu na rua, sem provocar feridos.

A linha amarela do metro do Porto ficou também condicionada quando várias árvores caíram no Jardim do Morro e uma delas atingiu a catenária, um cabo que transporta a energia da linha. Decorrem agora verificações nesse trajecto do metro para garantir que há segurança. No início da noite de segunda-feira, estimava-se que a circulação fosse reposta à meia-noite.

Além de Viana do Castelo, com dez ocorrências, Ponte de Lima registou sete quedas de árvores, sendo que na estrada nacional 203, na freguesia de Vitorino das Donas, o trânsito esteve cortado durante mais de uma hora para a remoção de "uma árvore de grande porte".

Mais a sul, na A3, dois despistes consecutivos ocorreram por volta das 10h, no sentido Santo Tirso-Famalicão, e provocaram dois feridos ligeiros, afirmou à Lusa fonte dos Bombeiros Voluntários Tirsenses, acrescentando que o mau tempo terá sido um factor preponderante para a ocorrência. Minutos depois, a poucas centenas de metros, um veículo ligeiro de mercadorias despistou-se devido ao piso molhado.

Em Viseu, o Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) registou várias quedas de árvores, uma das quais em cima de um automóvel, não tendo provocado feridos.

Em Aveiro, entre as 14h e as 16h de segunda-feira, o vento foi também responsável pela queda de 35 árvores, algumas sobre viaturas, e destelhou duas casas. Na escola João Carlos Celestino Gomes, em Ílhavo, uma árvore de grande porte caiu no recreio, mas não atingiu nenhum aluno.

No Alto Minho caíram 27 árvores e em Viana do Castelo as fortes rajadas de vento derrubaram um poste de iluminação pública que caiu sobre uma viatura, mas sem causar feridos.

Na cidade do Porto registaram-se “várias” quedas de árvores, que danificaram algumas viaturas e obrigaram ao corte temporário de diversas ruas, segundo fonte dos Sapadores Bombeiros, que têm desenvolvido operações de prevenção de forma a evitar eventuais quedas de mais árvores.

O IPMA colocou os distritos do Porto, Viana do Castelo, Braga, Aveiro, Vila Real e Viseu sob aviso amarelo devido à possibilidade de períodos de chuva por vezes forte e ao vento com rajadas até 80 quilómetros por hora. Existe ainda a possibilidade de queda de granizo acompanhada de trovoada. com Lusa

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