Grupo dentro dos CTT de Carnide disposto a prolongar o protesto toda a noite

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Os CTT estão a encerrar diversos balcões

O presidente da Junta de Freguesia de Carnide garantiu que o grupo de dez pessoas no interior da estação dos CTT do bairro lisboeta só sairá quando tiver garantias de uma reunião com a administração da empresa.

"Estamos fechados dentro da estação, somos cerca de dez pessoas e, no exterior, há dezenas de pessoas que entretanto chegaram para apoiar esta acção de luta contra o encerramento dos CTT na freguesia de Carnide. Ficaremos o tempo necessário até ter certeza que vamos reunir com a administração da empresa", afirmou cerca das 22h30 à agência Lusa o autarca Paulo Quaresma.

Segundo o responsável, o grupo de manifestantes está acompanhado por dois agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), tendo já havido uma desmobilização dos restantes operacionais da força policial que ali estavam mobilizados desde o final da tarde.

"Não deixam que entre comida nem bebida, nem nos permitem o acesso às casas de banho. E ligaram o ar condicionado na temperatura mais fria. Mas nós estamos muito bem-dispostos e animados, porque a nossa luta é justa", realçou à Lusa Paulo Quaresma.

O autarca acusou a administração dos CTT de "não querer cumprir compromissos", salientando que se trata de um protesto "pacífico".

Paulo Quaresma revelou que num contacto informal com um agente da polícia lhe foi dito que alguém da administração dos CTT ia entrar em contacto com ele, algo que não aconteceu até àquela hora.

Um grupo de dez pessoas liderado pelo presidente da Junta de Freguesia de Carnide, está desde as 17h45 de hoje dentro da estação de correios da freguesia, recusando-se a sair, em protesto contra a decisão dos CTT de encerrar aquele serviço.

O autarca disse que este protesto acontece "depois de uma longa negociação, em que a administração dos correios assumiu o compromisso de que não iria encerrar a estação, pelo menos até ao final de 2014", e garante que todos estão ali de forma pacífica.

Paulo Quaresma frisou que quer apenas ser recebido pela administração da empresa, que acusa de ter decidido o encerramento do espaço “nas costas” dos fregueses de Carnide.

“Estamos aqui de forma pacífica, o que nós queremos é conversar com a administração dos CTT, para que nos digam as razões por que foi alterado este processo nas nossas costas. Esta estação não tem na porta nenhuma indicação a dizer que hoje foi o último dia desta estação”, afirmou, assegurando ter tido a indicação de que na quinta-feira o serviço já não abre.

Em declarações à Lusa, fonte dos CTT confirmou a transferência dos serviços prestados pela estação de correio de Carnide para postos que se situam a, no máximo, 1,5 quilómetros daquele que vai encerrar, mas negou que hoje tenha sido o último dia de funcionamento da estação de onde o presidente da Junta se recusa a sair.

A mesma fonte disse ainda que a administração está disponível para receber o autarca, uma vez que se reuniu, até agora, "com todos os autarcas" que o solicitaram.

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