A Câmara de Gaia terá, no próximo ano, uma das mais elevadas taxas de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) do país, admitiu esta segunda-dfeira o presidente da autarquia, o socialista Eduardo Vítor Rodrigues, lembrando contudo que "pela primeira vez em dois anos" o valor irá diminuir. O autarca falava depois de o executivo ter aprovado a diminuição de 2% do IMI, com dois votos contra da oposição PSD.

O PSD votou contra a proposta, por considerar que a redução proposta é "ligeira, pequena e sem expressão". Em alternativa, os sociais-democratas propuseram a aplicação, em 2016, de um IMI Familiar. "É com sentimento de revolta que verificamos a falta de sensibilidade social da maioria socialista, até porque este ano a câmara municipal poderá ter arrecadado a mais do que em 2014 cerca de 13%, fruto do fim da cláusula de salvaguarda, aumento da construção e fim de algumas isenções", assinala em comunicado o vereador do PSD Firmino Pereira.

Perante a proposta do executivo agora aprovada, que reduz a taxa para 0,45%, o social-democrata diz mesmo que "no próximo ano Gaia vai ser o Município campeão na taxa de IMI, tendo uma das taxas mais elevadas do país".

Uma situação que foi confirmada pelo próprio presidente da autarquia. Eduardo Vítor prefere, contudo, lembrar ser esta a "primeira vez em dois anos" em que foi possível ao executivo reduzir a taxa, depois de anos de liderança do PSD em que Gaia "foi campeã com a taxa máxima". "O PSD esquece-se do estado lastimável em que deixou as contas", afirmou o autarca.

Na reunião ordinária do executivo foi também aprovado manter os valores de Derrama, IRS e a tarifa de água.O executivo aprovou ainda a concessão a uma empresa do grupo Douro Azul da posição contratual no contrato de constituição de direito de superfície para concepção, construção e exploração do Centro Cultural de Gaia.

A Mystic Real Estate irá assumir a obra do centro cultural junto ao Cais de Gaia, que deverá estar concluída num prazo de nove meses.