Fórum internacional em Lisboa para debater cultura custou 287.000 euros

O fórum internacional promovido pela Secretaria de Estado da Cultura (SEC) para debater "O lugar da cultura", que está a decorrer em Lisboa, custou 287.000 euros, dos quais 140.000 foram investimento público, segundo dados da tutela.

Com o objectivo de reunir agentes culturais, dirigentes e investigadores em torno da cultura, enquanto factor de desenvolvimento, o fórum internacional começou na quarta-feira e termina nesta sexta-feira, no Centro Cultural de Belém, com a realização de vários debates. A iniciativa prossegue até ao próximo dia 22 em estruturas culturais em todo o país, num regime de jornadas "Porta Aberta" com mais de 50 actividades.

Em comunicado, a SEC revela nesta sexta-feira que a realização de dois colóquios internacionais, nove debates sectoriais e aquelas jornadas custaram 287.000 euros, dos quais 140.000 euros foram um investimento público, "por parte do Estado".

Os restantes 147.000 euros provêm de financiamento comunitário (122.000 euros) e de apoio mecenático da Fundação Millennium BCP (25.000 euros).

Apesar dos debates só terminarem ao final do dia de nesta sexta-feira, a tutela refere que, nos três dias de debates, "passaram pelo Centro Cultural de Belém mais de 1.500 pessoas, o que representa uma adesão significativa e acima das expectativas iniciais", às quais se juntam mais de 1.400 pessoas que acompanharam em transmissão pela Internet.

A propósito deste fórum internacional, estiveram em Portugal os ensaístas e investigadores Daniel Innerarity, professor de Filosofia Política e Social (Espanha), Jonathan Taplin, diretor do Annenberg Innovation Lab (Estados Unidos) e José Bragança de Miranda, professor da Universidade Nova de Lisboa.

Estiveram em destaque modelos de desenvolvimento, políticas culturais, a relação da cultura com a religião, com a tecnologia, os financiamentos europeus e a internacionalização das artes, com a presença de economistas, consultores, arqueólogos, sociólogos, conservadores de museus, escritores, arquivistas, editores, produtores de cinema, jornalistas, juristas, curadores, encenadores e arquitectos.

Nesta sexta-feira os debates são sobre as políticas sectoriais de vários organismos públicos de cultura.

 

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