Festival de esculturas na areia reúne mais de 100 mil no Algarve

O evento tem uma duração de seis meses e reúne os melhores escultores em areia de todo o Mundo.

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A areia serve de ferramenta para as construções que, nesta edição, têm a música como tema aglutinador

São esperadas mais de 100 mil pessoas na 12ª edição do Festival Internacional de Esculturas em Areia que começa no domingo e se prolonga até 25 de Outubro em Algoz, Silves.

A edição de 2014 do Fiesa tem como tema “Música II” e conta com mais de cem trabalhos da autoria de cerca de 30 escultores de vários países que retractam pessoas, objectos e cenários alusivos à área musical, tudo numa área de 15 mil metros quadrados.

Os portugueses Xutos e Pontapés, Pedro Abrunhosa, Mariza e Tony Carreira juntam-se às superestrelas, atuais ou históricas, como são Michael Jackson ou Mozart. A estrutura em areia central, em destaque no recinto, vai ser uma representação de Amália Rodrigues.

“É uma homenagem ao fado que preservámos da exposição do ano passado”, explicou Alper Alagoz, director artístico do Fiesa, que acrescenta que “o tema [Música] transitou da edição anterior, porque há ainda muita coisa para explorar nesta área”. O turco, também ele escultor, destaca a área dedicada somente à música portuguesa “que representa um aumento de mais de cinco mil toneladas de areia”.

O evento reúne os melhores escultores de areia do Mundo, entre os quais dez de nacionalidade portuguesa. Paulo Quaresma é um dos participantes, “pelo oitavo ano consecutivo”, e tem como objectivo “aperfeiçoar a experiência enriquecedora que é trabalhar com areia, naquela que é uma das melhores e maiores exposições do género”.

“Trabalhar com areia tem uma dimensão muito grande, porque é muito interessante a forma como se tem de desenvolver as esculturas por causa das suas limitações”, frisou Paulo Quaresma, autor de uma representação do compositor alemão Johann Sebastian Bach. O artista considera que a exposição algarvia, “além de ser a que tem maior número de esculturas e maior área de exposição, é das que tem as melhores areias para se esculpir”.

Também José Marques, emigrante na Bélgica participa no festival algarvio. “Vim para Portugal no início de maio de propósito para participar no Fiesa”, explicou o escultor, que iniciou a sua colaboração em 2012 no festival que considera ser “o maior da Europa ou mesmo do mundo”.

Para a realização das esculturas foram utilizados mais de 40 mil toneladas de areia, mais cinco do que na edição passada, e a organização estima que, ao longo dos seis meses da exposição, seja igualado o número de 100 mil visitas registado no ano anterior.

O Fiesa vai estar aberto até 25 de Outubro e, durante o certame, o público vai poder experimentar e mostrar todas as suas capacidades criativas num espaço lúdico disponibilizado para a realização de esculturas em areia.

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