Escultura de Alberto Carneiro só deve chegar ao Porto no próximo ano

A inauguração da obra de arte pública estava planeada ainda para 2015, mas sofreu um atraso por causa da demora na formalização do apoio mecenático.

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O escultor Alberto Carneiro Daniel Rocha

A obra de Alberto Carneiro “Três metáforas de árvores para uma árvore verdadeira” que o escultor vai criar para o Porto não deverá ser colocada no espaço público antes do próximo ano. A demora na formalização do apoio mecenático, que acabou por ser garantido pela Fundação Sindika Dokolo, levou ao adiamento. O roteiro de arte pública, que também deveria ser lançado ainda este ano, sofre um atraso similar.

Quando, em Fevereiro, se assinalou o arranque do programa municipal de arte pública, com a inauguração do painel “À Cidade”, de Fernando Lanhas, o vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, anunciou que até ao final do ano deveriam ser instaladas no Porto mais quatro obras. Três delas – “Highway Painels, de João Louro, “Kneaded Memory”, de Dalila Gonçalves, e “O Meu Sangue é o Vosso Sangue”, de Rui Chafes” – cumpriram o calendário previsto, mas as árvores de Alberto Carneiro terão de esperar um pouco mais.

Paulo Cunha e Silva disse ao PÚBLICO que “não é provável” que esta última obra planeada para 2015 seja inaugurada antes do próximo ano. “Houve um atraso que se deveu à [demora na] confirmação de um mecenas. Todos estes trabalhos são feitos com base na responsabilidade social de empresas ou entidades que desejam apoiar o programa. Só com a confirmação do mecenas é que pudemos avançar com o processo administrativo para a aquisição da peça”, explicou o autarca.

Neste momento não há ainda uma data prevista para a inauguração daquela que será a primeira peça de arte pública do artista na cidade. As dúvidas subsistem também em relação ao local onde ela será colocada. Paulo Cunha e Silva diz que o Largo de São Domingo, anunciado como o escolhido, em Fevereiro, ainda se mantém como o espaço de referência, mas, revela: “Não podemos avançar que seja essa a localização definitiva, há outras localizações que estão a ser estudadas”.

O roteiro de arte pública que a Câmara do Porto pretende lançar e colocar nos postos de turismo, marcando as obras inauguradas desde Fevereiro e aquelas que já existiam antes, também só deverá estar disponível no momento em que a escultura de Alberto Carneiro for inaugurada. “O roteiro sofrerá o atraso subsequente ao da obra [de Alberto Carneiro], sendo lançado em simultâneo”, esclareceu Paulo Cunha e Silva, reconhecendo que também não será em 2015 que o documento estará pronto.

Apesar deste atraso, o vereador garante que o programa de arte pública é mesmo para continuar e que já há planos para 2016. Mas que não serão revelados por enquanto. “Temos planos, mas não posso confirmar quais são porque eles dependem sempre da confirmação do apoio mecenático e este terá ainda de ser aprovado em reunião de câmara”, disse.

A obra de Alberto Carneiro vai ser criada e entregue à cidade graças ao apoio mecenático, de 50 mil euros, da Fundação Sindika Dokolo. Paulo Cunha e Silva afirmou, na reunião do executivo da passada terça-feira, em que o apoio foi aprovado por unanimidade, que a intenção da fundação com o nome do marido de Isabel dos Santos será a de “renovar anualmente” o apoio prestado.

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