Menos de mês depois de se ter demitido da Direcção-Geral do Património Cultural, Elísio Summavielle viu sexta-feira à noite garantido o passaporte para o desafio que, admitia numa entrevista recente ao PÚBLICO, lhe faltava: o antigo secretário de Estado da Cultura viu o seu nome aprovado como candidato do PS à Câmara de Mafra.

Convidado pela distrital de Lisboa do PS, Summavielle viu a comissão política concelhia socialista de Mafra sufragar o seu nome como candidato nas próximas autárquicas. O resultado, 30 votos a favor e 3 votos contra, deixou satisfeito o antigo secretário de Estado da Cultura, natural de Lisboa mas com raízes familiares, pelo lado materno, a Mafra. "Foi uma votação muito clara, o que dá uma boa margem para dialogar e trabalhar com o partido, localmente", explicou.

O PS nunca ganhou Mafra, um concelho onde, como em muitos outros pontos do país, as próximas autárquicas trarão uma renovação forçada pela limitação de mandatos. No campo social democrata, José Bizarro, um dos vereadores do actual presidente Ministro dos Santos, é o candidato.  Os socialistas apostam então numa personalidade com um percurso feito na gestão cultural, que diz “conhecer bem o concelho”, embora admita precisar de algum tempo para “tomar o pulso aos vários dossiers”.

Para além da valorização do “importante património do concelho”,  o antigo Secretário de Estado da Cultura  admite estar preocupado com a definição de políticas que ajudem a população “a enfrentar estes tempos difíceis. Sem qualquer experiência autárquica, o candidato do PS admite já ter trocado impressões sobre o desafio que aceitou com o primo Parcídio Summavielle, que durante anos foi presidente da Câmara de Fafe, no distrito de Braga, também pelo PS.