Dez minutos de estacionamento junto a escolas do Porto

Projecto-piloto arranca numa rua da cidade, mas objectivo é alargá-lo a outras zonas em que o transporte particular de alunos condiciona fortemente o trânsito

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Os abusos envolveram alunas de 12 e 13 anos de uma escola em Seia PAULO PIMENTA

Os pais dos quatro colégios que existem na Rua de Guerra Junqueiro, no Porto, vão passar a ter lugares de estacionamento próprio, limitados ao período máximo de 10 minutos, para poderem deixar e ir buscar os filhos à escola. A experiência-piloto da Câmara do Porto vai implicar ainda que a Rua Monsenhor Fonseca Soares passe a ter só um sentido.

A notícia foi avançada pela Lusa e em esclarecimentos aos jornalistas no final da reunião do executivo, a vereadora Cristina Pimentel explicou que o objectivo é diminuir os constrangimentos de trânsitos causados pelos carros que levam e vão buscar os alunos às escolas, estacionando em segunda fila. A rua, disse, “foi escolhida pela concentração de estabelecimentos de ensino” que possui.

Cristina Pimentel explicou que o objectivo é alargar a criação destes lugares de paragem por tempo muito limitado a outras zonas da cidade, admitindo que tal possa acontecer já no próximo ano lectivo. A vereadora prometeu “fiscalização” intensa para garantir que o tempo permitido de paragem não é excedido. Dados obtidos junto das escolas apontam para o aumento de 20% do tráfego, junto às escolas, em hora de ponta, referiu.

Já em relação ao projecto-piloto de transporte escolar, cuja possibilidade já fora referida pela câmara há mais de um ano, a vereadora disse que “ainda não está nada definido”.

Na reunião do executivo desta terça-feira, foi aprovada a expropriação de cinco edifícios no Bairro de Leal, o que irá permitir avançar com a construção de cerca de 66 casas para realojar os moradores do Bairro do Aleixo. Este bairro também foi tema de discussão, com a vereadora do PSD, Andreia Júnior, a chamar a atenção para a ocupação de edifícios devolutos e terrenos vazios por toxicodependentes, que “montaram tendas e dormem ali”. O vereador da Habitação, Manuel Pizarro, garantiu que a câmara tem conhecimento destes casos e está à procura de uma solução.

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