Degradação de viaduto em Lisboa preocupa junta e moradores

Junta da Estrela queixa-se de estar "de mãos atadas". Câmara de Lisboa diz que está a tratar dos procedimentos necessários para a obra.

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Muro danificado fica perto do dispensário de Alcântara Rui Gaudêncio/Arquivo

A Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa, alertou nesta quinta-feira para a degradação do muro do viaduto da Pampulha, considerando "preocupante" a situação sobre a qual não pode intervir.

A junta está "de mãos atadas", diz à Lusa o presidente da autarquia, Luís Newton, que encara o problema "com uma enorme preocupação". O autarca atribui responsabilidades à Câmara de Lisboa.

Parte do muro que delimita a zona superior do viaduto da Pampulha desmoronou no Verão do ano passado, no seguimento de um acidente rodoviário. Desde então, ainda não foi reconstruído. No local foi colocada uma grade metálica, mas os moradores temem que não seja suficiente para evitar quedas.

De acordo com Luís Newton, a Junta da Estrela "está legalmente impedida de ter qualquer intervenção no local, uma vez que não tem essa competência e não pode desencadear os devidos procedimentos".

Acresce que, para Luís Newton, esta situação "só realça a urgência e a necessidade" de a Junta poder ter mais competências, em termos legais.

Numa informação escrita enviada à agência Lusa, a Câmara de Lisboa indicou ter "a situação referenciada", estando a "ultimar os procedimentos contratuais para avançar com a obra".

Miguel Louro, morador naquela zona da cidade, alertou para a situação no blogue Estrela Viva, no início do mês, relatando que a Câmara de Lisboa esteve no local, no dia seguinte ao acidente, tendo retirado os blocos que caíram, colocando-os no passeio em frente, onde ainda permanecem.

A autarquia também colocou duas grades na zona onde o muro ruiu, mas para o residente estas não oferecem segurança: "Pode acontecer uma desgraça".

Também Manuel Gonçalves, proprietário de um restaurante junto ao viaduto, alertou que "é um perigo para as crianças e para qualquer pessoa que passe ali de noite". Outra comerciante local, Conceição Chaves, chamou a atenção para o facto de já se terem verificado situações de vandalismo, já que "durante a noite, retiram as grades por malandrice" e são os moradores que as têm de repor.

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