Comissões da Assembleia Municipal vão analisar projecto da Segunda Circular

Fernando Medina fala num “bom projecto”, tanto para automobilistas como para quem mora junto a esta artéria

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A Assembleia Municipal de Lisboa decidiu remeter às suas comissões de Ordenamento do Território e Urbanismo, de Ambiente e Qualidade de Vida e de Mobilidade e Segurança a apreciação do relatório que sintetiza o debate feito em torno da Segunda Circular. Em simultâneo, aquele órgão autárquico decidiu recomendar à Câmara de Lisboa que “pondere devidamente” as mais de 30 recomendações dele constantes.

Uma proposta neste sentido foi aprovada, por unanimidade, na reunião da assembleia municipal que se realizou esta quarta-feira. Nela, o presidente da câmara considerou que foi feito “um bom debate” sobre a intervenção prevista para a Segunda Circular, debate esse que permitiu “dissipar dúvidas, receios e equívocos” e também “reforçar a razão da câmara em avançar” com esta obra.

Fernando Medina usou o mesmo adjectivo para classificar o projecto da câmara. “Temos no fundamental um bom projecto. Bom para os automobilistas, bom para os que moram nas imediações, bom para a cidade no seu global”, avaliou, acrescentando estar certo de que “vários” dos cerca de 400 contributos recebidos no âmbito da consulta pública irão permitir “melhorar” a proposta original do município.

O autarca frisou ainda que a intervenção que vai ser realizada “não compromete” soluções que se decida adoptar no futuro, como seja a ideia por muito referida de reservar uma das vias da Segunda Circular para a instalação de um meio de transporte público em canal próprio. Ainda assim, Fernando Medina rejeitou que se promova desde já “uma mudança radical”, sustentando que é preciso avançar “com prudência, com cautela, sem aventurismos”.         

Nesta reunião, o PSD voltou a dizer, pela voz de Victor Gonçalves, que a obra na Segunda Circular “não é prioritária”. Já Diogo Moura, do CDS, e Sobreda Antunes, do PVE, sublinharam a necessidade de não se olhar esta intervenção de forma isolada e de se ter uma perspectiva metropolitana sobre o assunto. De deputados de várias forças políticas, incluindo o PCP, o BE e os deputados independentes dos Cidadãos Por Lisboa, chegaram também apelos para que os transportes públicos sejam colocados no centro desta discussão.       

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