Cidadãos convidados a pronunciar-se sobre o futuro da antiga Feira Popular

As inscrições para a audição pública que a Assembleia Municipal de Lisboa vai realizar na próxima quinta-feira decorrem no dia 8.

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"Basicamente o objectivo é ouvir", diz Helena Roseta, que acredita que da audição poderão surgir "ideias" para incorporar na proposta camarária Daniel Rocha/Arquivo

“Ouvir” o que as pessoas têm a dizer sobre o processo de alienação dos terrenos da antiga Feira Popular é, como sublinha a presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, “o objectivo” da “audição pública” que este órgão vai promover na próxima quinta-feira. As inscrições, limitadas a um máximo de 30, podem ser feitas na véspera, presencialmente ou através da Internet.

A proposta de realização desta audição foi aprovada por unanimidade, numa reunião da assembleia municipal que se realizou a 16 de Junho. A iniciativa partiu da sua presidente, Helena Roseta, que defende que “esta matéria precisa de uma transparência acrescida, depois de tudo o que se passou”.   

“Basicamente o objectivo é ouvir”, explica ao PÚBLICO a autarca dos Cidadãos por Lisboa. Helena Roseta diz que o presidente da Câmara de Lisboa estará presente e que vai pedir ao município que faça “uma apresentação sumária” da proposta que tem para os terrenos de Entrecampos, mas frisa que aquilo que se pretende com esta audição “não é carimbar” essa proposta.

“A câmara não tem que responder às tomadas de posição e às críticas, mas pode dar esclarecimentos”, adianta a presidente da assembleia municipal. Helena Roseta acredita que desta iniciativa poderão surgir “ideias” que “tenham acolhimento” na proposta camarária e que possam contribuir para o seu “aperfeiçoamento”.

Na audição pública, que se realiza às 18h30 de dia 9 de Julho, no Fórum Lisboa, na Avenida de Roma, poderão intervir 30 pessoas, cada uma das quais terá três minutos para falar. As inscrições podem ser feitas na véspera, no edifício da assembleia (entre as 9h30 e as 13h) ou através da Internet (entre as 10h e as 13h).

A proposta da câmara, que prevê a realização de uma hasta pública para a alienação dos terrenos da antiga Feira Popular por um valor base de 135,7 milhões de euros, está disponível para consulta no site da assembleia municipal. O documento, que prevê que no local possa ser concretizado um projecto com “uma superfície de pavimento acima do solo com um máximo de 143.712 m2”, foi aprovado esta quarta-feira em reunião camarária, com a abstenção de toda a oposição.  

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