Centro Histórico de Gaia domina conferência sobre cidades de rio e vinho

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Paulo Pimenta/Arquivo

O centro histórico de Vila Nova de Gaia vai ser o tema central da primeira conferência "Cidades de Rio e Vinho - Memória, Património e Reabilitação", marcada para quinta e sexta-feira, nas Caves Calém, naquela cidade.

Organizada pela autarquia local, através da empresa municipal Gaiurb, que opera tanto no urbanismo como na habitação, esta iniciativa prevê intervenções de vários especialistas sobre as características das cidades fluviais e a sua relação com a produção, o comércio e a cultura do vinho.

"O objectivo principal é dar a conhecer o centro histórico de Gaia, na margem esquerda do rio Douro, e da mais-valia patrimonial que ali existe", revela o vereador Valentim Miranda, responsável pela reabilitação urbana do município.

A informação da Câmara refere que a iniciativa compreende "intervenções de vários especialistas sobre as características das cidades fluviais e a sua relação com a produção, o comércio e a cultura do vinho".

Refere ainda que "o evento irá contar com a presença de profissionais ligados à arquitectura, ao urbanismo e à reabilitação urbana, uma vez que irá debater-se o tema das dinâmicas culturais e patrimoniais dos centros históricos e a sua reabilitação e fruição como elemento de qualidade de vida das comunidades unidas pelo rio e pelo vinho".

"É uma conferência vocacionada para o grande conhecimento e para a grande divulgação", com acento tónico no "respeito pela memória e por todo um passado histórico" espelhado no casco antigo gaiense e nas caves de vinho do Porto, salientou Valentim Miranda

A "relação indissociável" entre as caves de Gaia e o centro histórico do Porto, aliás, é o mote da intervenção de Rui Loza, arquitecto e administrador não executivo da sociedade de reabilitação urbana Porto Vivo.

O historiador Gaspar Martins Pereira falará sobre o tema "Um porto de vinho: a construção histórica do entreposto de Gaia", criado em 1926. Todo o vinho do Porto tinha de ser exportado a partir dali, o que só acabou em 1986, ano em que passou a ser permitido exportar também a partir da região do Douro.

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