Candidatura independente quer auditoria às contas da Câmara de Braga

Equipa liderada por Inês Barbosa apresentou ontem o seu programa, "o mais participado de todos".

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Câmara de Braga vai, nestas eleições, mudar de presidente pela primeira vez, com a saída de cena de Mesquita Machado Nelson Garrido

A candidatura independente à Câmara Municipal de Braga “Cidadania em Movimento” quer auditar as contas da autarquia, suspender a revisão do Plano Director Municipal, isentar cidadãos desempregados do pagamento da água e “erradicar” o analfabetismo no concelho.

A cabeça-de-lista à autarquia pelo movimento, Inês Barbosa, explicou esta quinta-feira, na apresentação do programa eleitoral da candidatura, que este “é de longe” o programa “mais participado” e que assenta em cinco eixos: Cidadania e Participação Social, Ambiente e Ordenamento do Território, Economia, Justiça e Bem-estar, Educação na cidade, e Matriz Cultural.

“Esta é uma candidatura que está aqui para fazer algo pela cidade. O nosso programa é de longe o mais participado de todos porque foi fruto de fóruns, assembleias, encontros e inclui até sugestões de crianças e adolescentes”, apontou Inês Barbosa. Dividido em “cinco eixos”, o programa da Cidadania em Movimento apresenta 40 medidas e é, disse, “é um programa desafiador que está mais próximo das pessoas”.

Do primeiro eixo, Cidadania e Participação Social, constam propostas como a “realização de uma auditoria às contas” do município (Câmara e empresas municipais” e a “criação da figura do provedor do Munícipe”.

No segundo eixo, Ambiente e Ordenamento do Território, os independentes propõem a “suspensão” do processo de Revisão do Plano Director Municipal, retomando-o posteriormente mas “assente em estratégias adequadas à nova perspectiva do concelho” e a elaboração de um Plano de Mobilidade e Transportes que “tenha em especial atenção a revisão do sistema de transportes públicos”.

Ao eixo Economia, Justiça e Bem-estar correspondem propostas como a “promoção da capacidade tecnológica da cidade, favorecendo e reforçando a articulação com a Universidade do Minho” e a “isenção temporária do pagamento da água a cidadãos desempregados ou em situação de carência económica extrema”.

A Cidadania em Movimento quer ainda pôr em prática um “plano de erradicação do analfabetismo no município de Braga” e elaborar um plano político de educação permanente local”, medidas integradas no eixo Educação na Cidade.

Por fim, no quinto eixo, Matriz Cultural para uma Cidade do Futuro, o movimento apresenta como propostas a “gestão integrada dos equipamentos culturais” e a criação de um “programa para contaminar as ruas da cidade com diferentes formas de arte ao longo do ano e com temporalidades diversas”.

A candidata adiantou ainda que o movimento já recolheu as assinaturas necessárias para se apresentar a votos e criticou a actual lei autárquica por “vários colocar obstáculos” a candidaturas independentes. “Além da exigência de quatro mil assinaturas ainda há a questão da não isenção do IVA e a impossibilidade de utilizar símbolos nos boletins de voto. E daqui a quatro anos, caso queiramos voltar a concorrer, temos que recolher novamente assinaturas”, explanou.

A Cidadania em Movimento enfrenta nas eleições de 29 de Setembro as candidaturas de Vítor Sousa (PS), Ricardo Rio (Juntos por Braga – PSD/CDS-PP/PPM) e de Carlos Almeida (CDU).

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