Câmara do Porto tenta obter seis milhões de euros na segunda-feira

Hastas públicas vão decorrer nos Paços do Concelho, a partir das 10h30.

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Rui Rio deixa a Câmara do Porto ainda este mês Nelson Garrido

As hastas públicas da Câmara do Porto não têm constituído grande fonte de rendimento para a autarquia – a maior parte dos imóveis que o município tentou alienar nos últimos anos continuaram no património camarário por não aparecerem interessados. Por isso, não é surpresa que a hasta pública agendada para a próxima segunda-feira esteja cheia de repetentes. Se forem vendidos pelo valor base que lhes foi atribuído, os prédios e terrenos incluídos neste pacote renderão à câmara mais de seis milhões de euros.

O imóvel mais caro do dia, avaliado em um milhão de euros, vai a leilão pelas 11h45 e é uma parcela de terreno, com 1475 metros quadrados, na Rua de S. Paulo, muito perto da Rua Júlio Dinis. Logo a seguir, está um outro terreno, na Rua Cidade do Mindelo e Rua Cidade da Beira, cujo valor de partida chega aos 950 mil euros.

A câmara tem mais terrenos para colocar à venda, nesta segunda-feira, dois dos quais a abrir e a fechar o leilão. Assim às 10h30, é aberta a possibilidade de compra de um terreno na Avenida da Cidade de Xangai, pelo valor base de 550 mil euros e, pelas 12h15, será pedido aos interessados que licitem o último imóvel da sessão, um terreno no gaveto da Rua de Coolela e da Rua Egas Moniz, avaliado em 200 mil euros.

Pelo meio, a autarquia vai tentar também alienar um terreno no gaveto da Rua de Requesende e Avenida Cidade de Xangai, por 590 mil euros, e sete lotes de terreno na Rua de Alfredo Ferreira Faria, com os preços a variar entre os 220 mil e os 490 mil euros.

Há ainda alguns edifícios de que a câmara está disposta a prescindir. Pela antiga escola primária na Rua da Boa Viagem, pede 780 mil euros e pelo conjunto de seis casas nas Escadas dos Guindais, não se pede mais do que 76.695 euros. Quem as comprar fica desde já informado de que tem o prazo de cinco anos para as reabilitar, findo o qual, e se não o fizer, terá de devolver os edifícios à autarquia, recebendo 50% do que pagou por eles.

As hastas públicas, entre as 10h30 e as 12h15 irão decorrer no edifício dos Paços do Concelho. Como é habitual, se algum interessado concretizar o negócio terá de pagar 10% do valor do imóvel de imediato. Caso não surjam interessados, os imóveis ficam disponíveis para serem adquiridos por ajuste directo durante um ano.

Esta semana, a Assembleia Municipal do Porto autorizou também o executivo a alienar, em hasta pública, o Palacete Pinto Leite, pelo valor de 1,550 milhões de euros. A venda do imóvel não foi, contudo, ainda agendada. Avaliado em 2,585 milhões de euros, em 2012, o palacete acaba por ser posto à venda por um valor bastante inferior, fruto da cláusula de venda que obriga a que o edifício só possa ser usado para fins culturais. A sua alienação foi aprovada na madrugada de terça-feira, com os votos contra da CDU e do Bloco de Esquerda.

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