Câmara do Porto discute com taxistas soluções para postura na Foz

As duas partes vão encontrar-se, depois do boicote que os taxistas estão a fazer, desde quarta-feira, aos serviços nesta zona da cidade.

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A Junta de freguesia acusa os taxistas de estacionarem em segunda fila na antiga postura Paulo Pimenta

A Câmara do Porto vai reunir-se na sexta-feira de manhã com responsáveis das centrais de táxis da cidade, estando disponível a apresentar outras soluções para a postura da Foz, disse esta quinta-feira fonte da autarquia. Em causa está o boicote que os taxistas estão a fazer desde quarta-feira à zona da Foz, por contestarem a alteração do local da postura, que mudou apenas cerca de 20 metros mas reduz o número de lugares disponíveis para o estacionamento dos carros.

Responsáveis da Raditaxis e Táxis Invicta afirmaram à Lusa que, pelo menos, até ao final da reunião com a autarquia os habitantes da Foz que chamarem um táxi terão muitas dificuldades em ter uma resposta ao pedido. Alegam que a actual postura tem menos lugares de estacionamento, não oferece condições de segurança aos taxistas, "que mal podem abrir a porta, correndo o risco de levar com um autocarro", e não satisfaz os clientes.

Fonte da autarquia adiantou que "a Câmara tem soluções para apresentar" na sexta-feira aos taxistas, lembrando que no dia 29 de Janeiro contactou as centrais de táxi dando a conhecer a alteração da postura e não obteve qualquer resposta. "A Câmara está aberta a encontrar soluções, até aumentando o número de lugares de estacionamento para os táxis", frisou a fonte oficial da Câmara.

Contactado pela Lusa, o presidente da União de Freguesias de Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, Nuno Ortigão, adiantou que uma das possibilidades em cima da mesa é alterar a postura para a praça do Império, o que permitirá aumentar o número de lugares. Nuno Ortigão lamentou, contudo, que os taxistas tenham realizado na quarta-feira à tarde uma marcha lenta na zona do mercado da Foz "ao mesmo tempo em que estavam a ser recebidos na Junta" para abordar a questão. Segundo Nuno Ortigão, na antiga postura, na rua da Cerca, que dista cerca de 20 metros da actual, os taxistas apenas tinham mais um lugar, mas abusivamente estacionavam em segunda fila.

Mário ferreira, da Raditáxis, garantiu à Lusa que "o boicote vai continuar" e quer os taxistas "não vão ceder", porque pretendem que postura seja reposta na rua da Cerca. Já Manuel Almeida, da Táxis Invicta, afirmou que os taxistas estão impedidos de trabalhar na zona em virtude das condições [actuais] não serem adequadas ao serviço que é prestado".

A fonte da autarquia salientou que as alterações de trânsito introduzidas esta semana na Foz, que levaram à alteração da postura dos táxis, foram amplamente divulgadas. A apresentação das medidas, que têm por objectivo reduzir a sinistralidade na zona, aconteceu em Dezembro, nas instalações do Polo da Universidade Católica naquela freguesia, seguindo-se um período de discussão pública.

Estas mudanças nos sentidos de trânsito estão também sujeitas "a um período de monitorização de seis meses", admitindo a autarquia alterações se alguma sinistralidade não for resolvida, sobretudo os atropelamentos", concluiu a fonte da Câmara do Porto.

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