Câmara do Porto admite rever horários e estacionamento de moradores na zona da movida

No fim-de-semana ocorreu um incidente entre moradores e Polícia Municipal devido ao alegado reboque de viaturas dos moradores.

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Manuel Gonçalves está com o mandato de vereador na câmara do Porto suspenso Paulo Ricca

A Câmara do Porto admitiu nesta terça-feira fazer ajustes nos horários de interdição do trânsito na zona da movida da Baixa aos fins-de-semana, bem como encontrar soluções de estacionamento alternativas para os moradores.

A informação foi avançada à Lusa pelo assessor de imprensa da autarquia, de acordo com quem a retirada de carros de algumas artérias do centro do Porto aconteceu “sobretudo para proteger os moradores”, que “por diversas vezes” fizeram esse pedido “em reuniões de Câmara”.

O comentário surge a propósito de um incidente entre moradores e Polícia Municipal, relatado por correio electrónico por um morador na rua da Fábrica, devido ao alegado reboque de viaturas dos moradores apesar de a sinalização indicar “excepção” para os mesmos.

“A Câmara implementou um sistema de interdição de trânsito porque era isso que era pedido pelos moradores. No entanto, admite estudar soluções de estacionamento alternativo para os que provem residir na zona”, frisou fonte municipal.

A mesma fonte indicou que, no fim-de-semana, a Polícia Municipal se limitou a “cumprir a lei”, já que em causa estava o estacionamento “numa zona onde é proibido”.

A interdição de trânsito, nos fins-de-semana começou no dia 11, altura em que algumas linhas do Metro do Porto com ligação à Baixa do Porto passaram a funcionar 24 horas por dia.

“Esta é uma medida experimental. A Câmara está a acompanhar a situação atentamente”, indica fonte da autarquia.

A Câmara anunciou no início do mês que o corte de trânsito na zona da movida aos fins-de-semana seria acompanhada de “fiscalização e recurso a reboques” para “desencorajar” o estacionamento indevido.

O corte total de trânsito decorre entre as 22h00 e as 04h00 nas ruas de Santa Tereza e das Carmelitas, entre a rua dos Clérigos e o Carmo.

A rua Ferreira da Silva ganha dois sentidos “a título permanente” para permitir, “a prazo” a pedonalização das ruas das Carmelitas, Cândido dos Reis e Galerias de Paris, adiantou a autarquia.

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