Câmara de Viseu diz que não há desculpas para não se executar ligação ferroviária

Presidente do município defende que se avance com uma linha única de comboio junto à A25.

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), considerou esta quinta-feira que o Governo deixou de ter desculpas para não executar a ligação ferroviária entre Aveiro e a Linha da Beira Alta e depois a requalificação desta linha.

Durante a reunião da Câmara, Almeida Henriques referiu que "o corredor ferroviário da A25 e a ligação de Viseu à Linha da Beira Alta continuam a ser um desígnio político do município" e dele próprio.

O autarca contou que participou numa reunião do Grupo de Trabalho Centro-Norte (GT CN), liderado por associações empresariais, que teve como objectivo fechar a proposta a apresentar ao Governo com as opções para as Infra-estruturas de Elevado Valor Acrescentado (IEVA), onde é destacada a aposta nos corredores ferroviários internacionais Aveiro-Salamanca e Sines--Caia.

"A proposta defende uma solução inovadora e racional para o país", frisou Almeida Henriques, explicando que "em vez de duas linhas em cada corredor, é preconizada uma solução de uma linha única com sistemas de 'bypass' para o cruzamento do tráfego".

Segundo o antigo secretário de Estado da Economia, a proposta "é inovadora porque é integradora dos dois principais corredores (Aveiro - Viseu - Salamanca e Sines - Caia) e é inovadora e racional porque acomoda a sua execução aos montantes financeiros disponíveis".

"Com esta solução, não existem mais desculpas para que os investimentos estruturantes e modernizadores da conectividade e da competitividade nacional não sejam uma realidade", frisou.

Almeida Henriques destacou a "postura proactiva" de tentar provar ao Governo e aos grupos parlamentares que "há condições para que estes dois corredores sejam feitos dentro do orçamento disponível para o próximo quadro comunitário de apoio".

O vereador do PS João Paulo Rebelo referiu que este é um tema "que une todos os partidos do concelho". "Esperemos efectivamente que se faça este investimento tão estruturante para a nossa região", acrescentou.

O GT CN é composto pela Associação Empresarial de Portugal (AEP), Associação Industrial do Minho (AIMinho) e Conselho Empresarial do Centro (CEC).

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