Câmara de Lisboa prepara-se para dar luz verde a torre de 17 pisos em Picoas

Durante o período de participação pública, 12 pessoas pronunciaram-se sobre o projecto para o gaveto das avenidas Fontes Pereira de Melo e 5 de Outubro.

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A Câmara de Lisboa prepara-se para aprovar a “homologação favorável condicionada” do pedido de informação prévia relativo à construção de uma torre com 17 andares no gaveto da Avenida Fontes Pereira de Melo com a Avenida 5 de Outubro. O projecto, contra o qual circula uma petição na Internet, esteve sujeito a um período de participação pública, no qual participaram 12 pessoas.

Da autoria do atelier Barbas Lopes Arquitectos, o projecto contempla “a construção de um edifício destinado a comércio e serviços com 17 pisos acima da cota de soleira e seis pisos em cave destinados a 194 lugares de estacionamento”.

De acordo com a proposta que deverá ser votada na reunião camarária desta quarta-feira, e que está assinada pelo vereador Manuel Salgado, prevê-se também “a alteração das vias (interrupção da circulação automóvel na Avenida 5 de Outubro e na Rua Viriato em frente ao quarteirão da Maternidade Alfredo da costa), criando um novo espaço público (praça) na envolvente”.

Atendendo a que este projecto “se reveste de excepcional importância para a cidade de Lisboa”, o autarca com o pelouro do Urbanismo determinou que ele fosse sujeito a um “período de publicitação”, que teve lugar entre os dias 27 de Novembro e 19 de Dezembro. Durante esse período realizaram-se dois “debates públicos” e deram entrada no município 12 participações.

De acordo com uma informação técnica da Divisão de Projectos Estruturantes, em dez dos contributos recebidos preconizava-se a recuperação dos imóveis hoje existentes no local, dada a sua qualidade estética e arquitectónica. Uma possibilidade que o município rejeita com base numa informação anterior do vereador Manuel Salgado, segundo a qual o conjunto edificado referido “está devoluto há várias décadas e dos edifícios pré-existentes restam apenas parte das fachadas em tal estado de degradação que já não é viável uma operação de reabilitação”.

Em três das participações recebidas defendia-se que a torre de 17 pisos punha em causa a zona de usufruto e a integração com a vizinha Casa-Museu Dr. Anastásio Gonçalves, tendo também havido três pessoas a dizer que o projecto de arquitectura que se pretende concretizar não tem interesse para a cidade. Sobre estes contributos, técnicos da Divisão de Projectos Estruturantes limitam-se a dizer que estes “constituem críticas de carácter subjectivo às soluções de integração arquitectónica propostas pelo projectista”.

Na Internet circula, desde o início de Dezembro, uma petição na qual se pede a “anulação” do projecto do atelier Barbas Lopes Arquitectos, que se considera que “irá contrariar a orientação de uma cidade melhor para os peões e com um menor grau de poluição automóvel, como tem sido defendido pela actual direcção da Camara Municipal de Lisboa”. Ao fim da tarde desta segunda-feira, 497 pessoas já a tinham assinado.    

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