Câmara de Lisboa contrai empréstimo de 25 milhões para pavimentar ruas

Proposta, que vai ser discutida esta quarta-feira, é criticada pelo CDS.

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Fernando Medina, presidente da Câmara de Lisboa Daniel Rocha

A Câmara de Lisboa discute esta quarta-feira a contratação de um empréstimo “até ao montante de 25 milhões de euros”, destinado a financiar a execução do Plano de Pavimentação de Vias apresentado na passada semana.

O CDS critica a proposta e o facto de o pagamento do empréstimo se arrastar por 15 anos, comprometendo vários executivos municipais.

Quando apresentou o plano de pavimentação, que prevê um investimento de 25 milhões de euros até 2017 e de outro tanto até 2020, o presidente da câmara justificou o momento do seu lançamento com a “situação financeira muito delicada” do município nos anos anteriores. “Hoje fazemos este programa com esta ambição porque hoje podemos. Temos os recursos”, afirmou na ocasião Fernando Medina.

Aquilo que o autarca socialista não disse é que os recursos necessários para a concretização do plano serão provenientes de um empréstimo de 25 milhões de euros, com um prazo de 15 anos e um período de carência de dois. “É o PS a insistir na máxima de mais tempo e mais dinheiro”, critica o vereador centrista João Gonçalves Pereira, constatando que o empréstimo agora proposto “atravessa três executivos municipais”.

Quanto ao plano de pavimentação, o autarca acusa Fernando Medina de ter promovido “uma conferência de propaganda”, “para apresentar algo que é mais do mesmo”. Para sustentar essa afirmação, João Gonçalves Pereira recorre aos orçamentos municipais dos últimos anos, que, segundo diz, tinham verbas para a conservação e manutenção de arruamentos que não ficavam aquém dos valores agora anunciados.

Questionado sobre a proposta camarária, o vereador das Finanças garantiu que o “nível de endividamento” da câmara está “em percurso descendente”. João Paulo Saraiva acrescenta que aquilo que se tem procurado fazer é “amortizar empréstimos mais caros”, aproveitando “spreads que a câmara não tinha há anos”. O autarca dos Cidadãos por Lisboa reconheceu que também a concretização do Plano Geral de Drenagem apresentado esta segunda-feira poderá implicar a contracção de um empréstimo bancário.  

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