Câmara de Lisboa apresenta modelo de paragem de autocarro do futuro

Entre as características das paragens de autocarro do futuro estão, por exemplo, sinalizações no pavimento em direcção ao ponto de encontro do autocarro

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A Câmara de Lisboa apresenta na quinta-feira um modelo de paragem de autocarro do futuro, que poderá ser aplicado às mais de 2000 paragens existentes na cidade, disse à agência Lusa o vereador dos Direitos Sociais.

Entre as características das paragens de autocarro do futuro estão, por exemplo, “sinalizações no pavimento em direcção ao ponto de encontro do autocarro, sítios de permanência e apoio adaptados e elementos de leitura para quem é invisual saber quais os autocarros que passam naquela paragem”, enumerou João Afonso.

O vereador explicou que “quem acede à cidade e quer chegar a outros pontos” necessita de ter “percursos do quotidiano acessíveis” e que envolvam transportes públicos.

Para que isto seja possível, nomeadamente por parte de quem tem mobilidade reduzida, “não se pode estar à espera da ajuda de terceiros para entrar no metro, no autocarro e no eléctrico”, defendeu.

O responsável admitiu, contudo, que as transportadoras que operam em Lisboa, como a Carris e o Metro, têm feito um “esforço ao longo dos anos”.

No primeiro caso, a Carris tem vindo a “substituir os autocarros existentes por autocarros acessíveis” e no segundo caso, no metropolitano, “o patamar das estações às carruagens também é acessível”.

O mesmo tem vindo a acontecer com as estações de comboio que realizam percursos urbanos, adiantou.

Ainda assim, segundo o autarca, continuam a existir problemas do ponto de vista da circulação, como obstáculos no acesso a estes mesmos meios de transporte, e quanto ao nivelamento entre o veículo e a própria paragem.

“Se todas as paragens forem pensadas e construídas com regras, estou certo de que teremos um pleno acesso aos transportes públicos em Lisboa” nos próximos anos, concluiu João Afonso, numa alusão ao Plano de Acessibilidade Pedonal, que define orientações estratégicas e acções concretas (também sobre esta questão) a realizar até 2017.

O tema vai estar em debate na conferência “Acessibilidade aos Transportes Públicos”, que decorre na quinta-feira, entre as 09h30 e as 13h00, nos Paços do Concelho (Sala do Arquivo).

Entre os oradores estão responsáveis autárquicos e representantes de associações e de transportadoras: técnicos da Direcção Municipal de Mobilidade e Transportes, da Equipa do Plano de Acessibilidade Pedonal, o director da unidade de controlo operacional e planeamento de rede da Carris, José Maia, e o representante do Movimento (d)Eficientes Indignados, Diogo Martins.

“O Transporte Público na Visão Estratégica para a Mobilidade em Lisboa”, as “Orientações do Plano de Acessibilidade Pedonal de Lisboa”, as “Boas Práticas Europeias na Acessibilidade ao Transporte Público”, a “Acessibilidade nos veículos: trabalho em curso” e a “Rede, paragens, peões: um retrato” são alguns dos temas abordados.

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