Câmara de Braga volta a dar subsídio aos bombeiros voluntários, 21 anos depois

Bombeiros vão poder comprar nova viatura de combate a incêndios urbanos.

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Em Braga há duas corporações de bombeiros, uma municipal e outra de voluntários Fernando Veludo/NFactos

A Câmara de Braga aprovou nesta segunda-feira a atribuição de um subsídio de 20 mil euros aos bombeiros voluntários da cidade, corporação que não recebia "qualquer ajuda" por parte da autarquia há 21 anos, revelou o presidente desta associação humanitária fundada em 1877.

O referido montante corresponde à contrapartida nacional, dentro do quadro de um financiamento europeu, que os bombeiros teriam que suportar para adquirirem uma viatura para combate a incêndios urbanos o que, explicou o presidente da câmara, Ricardo Rio, "justifica o subsídio, uma vez que está em causa a protecção da cidade e dos bracarenses". O concelho conta com uma companhia municipal de Sapadores.

Em declarações à Lusa, o presidente do Bombeiros Voluntários de Braga, António Machado, assumiu que existem salários em atraso na corporação e que esta "ajuda" por parte da autarquia "vem em muito boa hora" para a associação. Agora que a preocupação deixou de ser com a verba para aquela viatura tão importante para a nossa acção, a direcção conta regularizar "o mais breve possível" a situação salarial dos funcionários.

"O nosso principal foco são os Bombeiros Municipais, mas este executivo nunca deixará de promover articulação com as restantes entidades de protecção civil", afirmou, por seu turno, o presidente da câmara. Ricardo Rio justificou a atribuição da verba neste momento explicando que é uma "questão de oportunidade", uma vez que sem este subsídio não seria possível aos voluntários adquirirem a viatura em causa.

A atribuição deste apoio aos Bombeiros Voluntários de Braga ganha relevo, uma vez que há mais de duas décadas que a corporação não era contemplada com "qualquer ajuda" por parte da câmara. "Em 21 anos nunca recebemos nada da câmara liderada pelo Partido Socialista. Isto não facilitou em nada a nossa acção e a nossa saúde financeira, denunciou António Machado, histórico do Partido Popular Monárquico na cidade e candidato à Assembleia Municipal pela coligação PSD/CDS/Movimento Partido da Terra, que venceu as eleições de Setembro. 
 

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