Braga tenta chamar jovens para o Orçamento Participativo

Nova edição vai ter uma “fatia” dedicada ao público juvenil e um jornal para promover os projectos escolares. Valor global destinado aos projectos sobe para 750 mil euros.

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Câmara de Braga quer atrair mais jovens para o centro histórico da cidade Adriano Miranda

A segunda edição do Orçamento Participativo (OP) de Braga vai dar especial atenção à participação do público escolar e juvenil. Duas das principais alterações ao modelo da iniciativa pretendem tentar cativar estas franjas da população, fazendo jus ao facto deste ser um dos concelhos mais jovens da Europa. Em termos globais, a verba destinada à concretização dos projectos dos cidadãos vai aumentar de 500 mil para 750 mil euros.

À semelhança do ano passado, o OP de Braga terá uma área exclusivamente dedicada a projectos apresentados por estudantes dos estabelecimentos de ensino do concelho. A novidade para a nova edição será a publicação de um jornal para o público escolar, com o objectivo de dinamizar a participação dos alunos e das escolas. Outra das inovações será a criação de uma parcela especificamente dedicada à população juvenil, fora do contexto escolar. Essa iniciativa vai “visar directamente os jovens, seja a título individual ou associativo”, explica o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio.

A verba disponível para o OP deste ano vai também sofrer alterações, crescendo de 500 mil para 750 mil euros. A segunda edição desta iniciativa será lançado a 23 de Fevereiro e, entre Abril e Maio, serão realizadas várias sessões públicas de apresentação do projecto nas freguesias do concelho. O prazo de apresentação de propostas será alargado para cerca de um mês e meio – entre 1 de Junho e 19 de Julho – e o período de votação vai igualmente ser mais longo do que na primeira edição: em vez de uma semana, os bracarenses poderão escolher os projectos que serão apoiados durante todo o mês de Setembro.

Na reunião desta segunda-feira, a Câmara de Braga aprovou também as transferências das verbas para os oito projectos contemplados com apoio no âmbito da primeira edição do Orçamento Participativo, cujos resultados foram conhecidos em Outubro.

O executivo bracarense também aprovou a adjudicação da obra de construção do novo quartel dos Bombeiros Sapadores de Braga, que vai ficar situado no Parque Norte, próximo do estádio municipal. A obra, que tinha um preço de referência de 1,550 milhões de euros, vai ficar mais barata do que o previsto. A empresa Artur da Silva Ribeiro apresentou o melhor preço do concurso público, comprometendo-se a entregar o edifício no prazo de seis meses por 1,174 milhões.

Apesar de a câmara ainda estar à espera de uma decisão relativamente à candidatura a financiamento comunitário, apresentada no âmbito do “overbooking” do Programa Operacional de Valorização do Território, Ricardo Rio garante que esta é uma obra que “vai avançar de vez”, suprindo uma “necessidade antiga”. Já o actual quartel dos bombeiros municipais, no centro da cidade, deverá passar a albergar um centro de coordenação dos serviços de Protecção Civil municipais, agregando serviços dispersos por diferentes edifícios da cidade.

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