Barraqueiro não quer gerir Metro do Porto depois de 31 de Março

O grupo quer desvincular-se definitivamente do Metro do Porto

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A viatura atravessou toda a extensão do tabuleiro que se destina à circulação do metro Adriano Miranda

O grupo Barraqueiro anunciou esta terça-feira não estar interessado em continuar na gestão do Metro do Porto, esperando que o novo subconcessionário esteja em condições de iniciar a prestação do serviço a partir de 1 de Abril.

O grupo lidera o consórcio que actualmente gere a subconcessão do Metro do Porto através da empresa Prometro e lembra que aceitou adiar o prazo do contrato, que tinha acabado no fim de Dezembro, até ao dia 31 de Março para permitir à empresa de transporte público concluir o processo de concurso.

A Prometro, “por não ter interesse em continuar na gestão do Metro do Porto não concorreu” para gerir a empresa e, por isso mesmo, "é completamente alheia ao presente concurso e a todas as suas vicissitudes".

Depois do contrato ter terminado, o Governo negociou com a empresa o prolongamento para garantir a operação daquele meio de transporte na Área Metropolitana do Porto. O grupo Barraqueiro adiantou que apenas aceitou essa situação "exclusivamente pelo espírito de cooperação e de responsabilidade que sempre nortearam a sua conduta" ao longo dos cinco anos em que geriu o serviço público, "sem qualquer vantagem remuneratória".

Agora, quase dois meses depois, a empresa espera que “o novo subconcessionário possa estar em condições de iniciar a prestação do serviço a partir do próximo dia 1 de Abril".

O concurso público para a subconcessão da Metro do Porto e da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) foi lançado em Agosto e recebeu apenas propostas do consórcio espanhol TMB/Moventis.

Ainda antes de terminar o prazo para apresentação de propostas, no dia 9 de Dezembro, Sérgio Monteiro, o secretário de Estado dos Transportes, anunciou ter sido alcançado um acordo para que a subconcessão do Metro do Porto ao consórcio Viaporto fosse prolongada até ao dia 31 de Março.

O secretário de Estado reconheceu a demora do processo negocial sobre a subconcessão e adiantou que "a extensão do contrato entre 1 de Janeiro e 31 de Março tem as mesmas condições financeiras do novo contrato que será assinado entretanto e que está agora a concurso".

Nessa altura, em declarações à agência Lusa, Sérgio Monteiro disse que o Porto terá "o sistema de metro no mês de Janeiro a funcionar tranquilamente, assim como no mês de Fevereiro e no mês de Março", mantendo a esperança de que, em Abril, o futuro concessionário já esteja a operar "em condições financeiras vantajosas para o Estado".

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