Coliseu do Porto reforçado com nova parceria

A conferência de imprensa, cujo objectivo seria fazer um balanço do último ano do Coliseu do Porto, serviu também pedir mais contribuição de parceiros institucionais.

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Paulo Pimenta

Na conferência de imprensa desta terça-feira, cujo mote era “Coliseu Porto, um ano depois” e que pretendia fazer o balanço do último ano do espaço cultural, dominou o apelo a uma maior colaboração com os parceiros que estão no projecto. Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, salientou o desejo de “conseguir encontrar com o Ministério da Cultura e com a Área Metropolitana do Porto uma forma de colaboração para que o projecto possa crescer”.

Apesar de perceber os constrangimentos a que os parceiros institucionais estão sujeitos, uma vez que as regras não permitem que os parceiros institucionais, ao fazerem parte de determinada associação, contribuam financeiramente para ela, o presidente da câmara salientou que há várias formas de se fazer parte de um projecto, não necessariamente com verbas: “A Área Metropolitana do Porto poderia ajudar o Coliseu trazendo público ao espectáculo, ajudando na programação”, por exemplo.

No evento, que decorreu no palco do Coliseu e onde se assinou também um protocolo de cooperação entre Associação Comercial do Porto e o Coliseu do Porto, o presidente do espaço, Eduardo Paez Barroso, anunciou ainda que a previsão é de que em 2015 a receita com espectáculos de acolhimento tenha tido um aumento de 50%.

O responsável, citado pela Lusa, referiu que em 2015 foram realizados 127 espectáculos, ou seja, houve um aumento de 23% em relação ao período homólogo de 2014 (104 espectáculos). O Coliseu recebeu em 2015 um total de 218 mil espectadores, mais 15% do que em 2014 (188 mil).

Os intervenientes reiteraram assim a convicção de que o Coliseu é um espaço com potencialidades únicas e que deve servir para acolher eventos variados. Sobre a forma como os parceiros da associação têm agido, Eduardo Paez Barroso afirmou que “o Coliseu não pode servir como barriga de aluguer, é preciso investir”, acrescentando que o modo como se olha para as actividades culturais mudou “desde que se percebeu que a economia e a cultura estão juntas”.

Quando questionados acerca do recente crescimento que o Pavilhão Multiusos de Guimarães têm tido, depois de Guimarães ter sido capital europeia da Cultura, Rui Moreira salientou: “Não podemos ter uma visão bairrista, o nosso objectivo é redimensionar a cultura, e para isso é necessário complementaridade e partilha, não concorrência”. Já Eduardo Paez Barroso afirmou: “Continuamos a ter muitos espectáculos com interesse em vir para cá [para o Coliseu]. Mesmo os espectáculos mais pequenos começam a procurar-nos”.

O presidente da Câmara sublinhou o segredo passa por oferecer programas que agradem a públicos variados e que as possibilidades económicas dos espectadores são também uma preocupação e um factor: “Temos vários espectáculos gratuitos na cidade, para quem não pode pagar, mas também para quem não quer. Também é uma forma de atrair pessoas, depois desses eventos até podem decidir passar pelo Coliseu”.  

Texto editado por Ana Fernandes

 

 

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