Está confirmada a lista independente às próximas Autárquicas, em Braga. A reunião pública convocada para a noite desta sexta-feira por um grupo de cidadãos para discutir essa possibilidade terminou com a aprovação da candidatura às eleições do Outono.

No início do próximo mês, o grupo volta a reunir e organizará um fórum para discutir ideias para o programa eleitoral. Para já, ninguém quer discutir os nomes que integrarão as listas aos órgãos municipais.

O auditório da junta de freguesia da Sé foi pequeno para acolher todos os que quiseram participar na assembleia de cidadãos. Segundo a organização, estiveram na reunião mais de 130 pessoas, duplicando o número de pessoas que tinha subscrito o manifesto fundador do movimento independente. A proposta de candidatura às próximas eleições Autárquicas foi posta à votação depois de um período de debate entre os participantes e foi aprovada por unanimidade.

Na reunião foram também criadas duas comissões. A primeira, constituída por oito pessoas, ficou responsável por começar a preparar as questões formais respeitantes à candidatura. Até finais de Julho, será necessário recolher 4000 assinaturas para formalizar a apresentação de listas do movimento de independentes de Braga aos órgãos autárquicos, a tempo das eleições do Outono.

Uma segunda equipa de cinco elemento vai desenhar uma proposta para a organização de um Fórum para apresentar e debater propostas para o concelho. O programa dessa iniciativa será discutido numa nova reunião do movimento a 10 de Maio e será aí que serão debatidas ideias para o futuro programa eleitoral da candidatura independente. Só depois dessa data o movimento começará a discutir os nomes dos candidatos.

Na reunião desta sexta-feira, os primeiros signatários do manifesto sublinharam por várias vezes que não há nomes escolhidos, respondendo à especulação dos últimos dias em Braga. “Aqui existirão todas as lutas possíveis, menos lutas de galos”, ilustrou José Manuel Barbosa, um histórico militante do PS local, que presidiu à sessão de ontem.

Entre os primeiros subscritores há também autarcas da CDU como o presidente da junta de freguesia da Sé, e dirigentes do Bloco de Esquerda. Paula Nogueira, uma das vozes mais activas do partido na cidade nos últimos anos, foi uma das pessoas que ontem interveio na sessão. Do movimento fazem ainda parte vários independentes, sobretudo ligados ao tecido associativo local e à Universidade do Minho.