Arcos de Valdevez acolhe Centro Interpretativo do Barroco

Autarquia pretende que a Igreja do Espírito Santo seja uma “âncora” local da arte barroca.

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O interior é decorado em talha barroca e por um painel em talha dourada, datado de 1667 DR

Arcos de Valdevez quer ser uma das "portas de entrada" da "rota" do Barroco português no alto Minho, através da criação de um Centro Interpretativo do Barroco na Igreja do Espírito Santo. 

O projecto será integrado no próprio monumento e, dessa forma, irá promover a requalificação do edifício e do seu espólio arquitectónico. E incluirá um programa de actividades e de divulgação junto da população alusivo à arte, à sociedade e ao pensamento da época barroca.

Além da recuperação da Igreja do Espírito Santo, classificada como imóvel de interesse público, a proposta vai incluir “novas tecnologias de realidade aumentada e virtual para dar a conhecer esta Igreja e outras da região, bem como o enquadramento histórico e social da época Barroca”, explica a autarquia em comunicado. 

O templo da vila minhota começou a ser erguido em 1647 e as obras prolongaram-se ao longo do século XVII. O seu interior é decorado em talha barroca e por um painel em talha dourada, datado de 1667. Com a instalação do Centro Interpretativo do Barroco, o município quer atrair novos públicos, apostando no turismo cultural. Para tal, pretende aliar a “importância e originalidade” do monumento a uma nova abordagem tecnológica que permita aos visitantes conhecer o templo e a arte barroca na região, a par de uma programação artística, aproveitando o espaço cénico e acústico do imóvel. 

O projecto está orçado num valor que ronda os 980 mil euros que será co-financiado em cerca de 830 mil euros pelos fundos comunitários do programa Norte 2020. A candidatura contou com o apoio da Direcção Regional de Cultura Norte, através da inserção do projecto no modelo de rotas do Barroco, e com a parceria da Fábrica da Igreja de Arcos Valdevez.

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