Alqueva enche e faz descargas controladas

Cota da água chega praticamente ao nível de pleno armazenamento.

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Continuam a ser feitas grandes descargas para baixar o nível das barragens Raquel Esperança

A barragem de Alqueva está a fazer, desde a noite de ontem, descargas controladas, depois de ter praticamente atingido a sua capacidade máxima de armazenamento.

A cota de enchimento chegou aos 151,98 metros, apenas dois centímetros abaixo do nível de pleno armazenamento, que é de 152 metros.

Segundo a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA), foi iniciada “uma operação de descargas controladas através de dois descarregadores, um de meio fundo e um de superfície”, segundo um comunicado.

Às 12h desta segunda-feira, o débito total da barragem de Alqueva era de 2400 metros cúbicos por segundo, um volume de descarga que corresponde a 800 metros cúbicos por segundo das duas centrais hidroelétricas e 1600 metros cúbicos por segundo nos dois descarregadores, registando-se “uma tendência para uma ligeira descida do nível de armazenamento”.

A barragem de Pedrógão, localizada 23 quilómetros a jusante de Alqueva, também se encontra a libertar caudal. O consequente aumento do fluxo de água do Guadiana foi previamente comunicado aos Serviços de Protecção Civil, segundo a EDIA.

Em 2010, quando Alqueva encheu pela primeira vez, pastores foram surpreendidos, tendo perdido dezenas de cabeças de gado.

As descargas em Alqueva seguem-se às que tem vindo a ter lugar nas albufeiras espanholas localizadas na bacia do Guadiana, devido às chuvas abundantes registadas nos últimos dias.

Neste momento a reserva de água nas 29 barragens espanholas erguidas na bacia do Guadiana é de 8362 hectómetros cúbicos, um volume que representa 91% da capacidade máxima de armazenamento. Na bacia do Guadiana em território português, no final de Fevereiro os valores estavam também já nos 91%.

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