A Barraca leva Fernão Mentes? em peregrinação à Maia

Festival de Teatro Cómico começa sexta-feira, com peça a partir de um texto de Manuel Jorge Marmelo.

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A Barraca retomou a peça Fernão Mentes?, escrita há quatro décadas a partir de Peregrinação DR
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Carlos Paulo escreveu Quem quer ser irrevogável?, uma sátira DR
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Os portugueses Cassefaz apresentam na Maia A Verdadeira História da Barbi DR
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O Trigo Limpo/Teatro Acert leva ao festival um espectáculo sobre a arte de bem dizer DR

O ponto alto da décima nona edição do Festival de Teatro Cómico da Maia não é uma estreia. Aliás, Fernão Mentes até se estreou há quase 40 anos. Mas o regresso aos palcos deste trabalho de A Barraca, com Maria do Céu Guerra e a música de Zeca Afonso, é motivo de celebração pelo programador José Leitão, do Art’Imagem, entidade que desenha o programa deste festival a cargo do município.

José Leitão tomou para si a responsabilidade do arranque desta festa, pois é dele a encenação de O vosso pior pesadelo, a partir do texto homónimo de Manuel Jorge Marmelo, uma comédia negra sobre a violência na prisão. É já esta sexta-feira, pelas 23h30. Antes, pelas 21h30, o galego Fredi Nuno leva à Maia Sobre Rodas, uma peça para toda a família que não necessitará de legendas.

É longo e fértil o convívio deste festival com companhias galegas. Não espanta por isso que, no sábado, um dos destaques do dia – que terá festa desde as 16h – vá para o espectáculo Cabaré, dos também galegos Manicómicos. Mas não faltam grupos portugueses a querer fazer rir a audiência, como os Cassefaz, que no domingo à noite nos contarão A verdadeira história da Barbi que, na verdade, é uma sátira ao universo das “Tias” portuguesas, “que encontramos algures entre Lisboa, Cascais e Sintra”, lê-se na sinopse. Por sinal, a passagem desta peça por Lisboa redundou num grande sucesso, sinal de que o país ainda não deixou de conseguir rir de si próprio.

O programa prevê espectáculos durante toda a próxima semana. E na sexta-feira, dia 3 de Outubro, o Grande Auditório do Fórum da Maia deverá encher para ver Maria do Céu Guerra, participação especial em Fernão Mentes, de A Barraca. Hélder Costa adaptou e encenou a Peregrinação, de Fernão Mendes Pinto, imagem, em viagem, do muito que fomos como país e como portugueses. A música é de Zeca Afonso, Fausto e Orlando Costa.

No dia seguinte, é a vez de outro dos vultos do teatro português, Carlos Paulo, subir ao palco do fórum, onde apresentará uma peça de que é co-autor (Com Bocage e Almada negreiros, entre outros). Quem quer ser irrevogável?, do Teatro da Comuna, é um espectáculo de café teatro, mas podia ser teatro-conferência, de imprensa no caso.

Tal como noutros casos, o bilhete para esta rábula custa 3 euros, mas o festival que se derenrola entre o o palco e a área exterior do Fórum da Maia e o Centrarte Café Teatro, contempla vários espectáculos gratuitos. O programa está disponível online e tem página no facebook.     

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