Multinacionais já ocupam 50% da nova zona industrial de Oliveira de Azeméis

Quatro "projectos-âncora" nem esperaram pelo final das obras da nova Área de Acolhimento Empresarial de Ul

A Área de Acolhimento Empresarial de Ul, que será gerida como um condomínio pela Câmara de Oliveira de Azeméis, ainda está a beneficiar de obras ao nível das infra-estruturas, mas metade dos seus 44 hectares está já em construção ou reservados para multinacionais estrangeiras "de ponta". O presidente da câmara, Hermínio Loureiro, garantiu à Lusa que 50% dos terrenos "já estão comprometidos para empresas de ponta, que têm processos de recrutamento em curso, estão a ser equipadas por firmas de Oliveira de Azeméis e que começam a trabalhar em Janeiro".

Entre as novas empresas do empreendimento de 11 milhões de euros, em Ul, incluem-se quatro "projectos-âncora" que, segundo o autarca, se instalaram no local "ainda antes de as ruas, os passeios e as infra-estruturas estarem todos prontos, porque acreditam no potencial da zona, e confiam na capacidade da câmara para construir o que falta".

A primeira dessas unidades é a luso-brasileira YGE-Yser Green Energy que, prevendo para o local um investimento de seis milhões de euros e a contratação de 25 pessoas, se dedicará ao fabrico e comercialização de carvão vegetal, investigando novos modelos de tecnologia de torrificação. Do mesmo grupo Yser, também veio para Ul a Goodryser, que pretende fomentar a reactivação da resinagem de pinheiro em Portugal e, para o efeito, investirá 2,6 milhões - num esforço que abrange também a criação de dez novos empregos.

Hermínio Loureiro afirma que a captação dessas marcas atraiu, depois, o interesse da Wuhan Industries, que, "embora com capital associado a um dos maiores grupos da China na fileira do aço", fixou sede em Santiago de Riba Ul, anunciando, para o concelho, um investimento de dez milhões de euros e 110 novos postos de trabalho. "A fábrica já está a ser montada e quem está a equipá-la são empresas de Oliveira como a BTL, que, para responder a este pedido, teve inclusivamente de contratar mais gente", acrescenta.

Dos Estados Unidos chegou ainda a AFS - Advanced Fuel Solutions, com 16 milhões de euros para investir em procedimentos inovadores na área da torrefacção para energia e com capacidade para contratar 45 trabalhadores.

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