Novos horários suburbanos e comboios de Sintra para Alverca a partir de domingo

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Nova família na Linha de Sintra
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Nova família na Linha de Sintra

A Estação do Oriente assume-se como a grande estação multimodal de Lisboa. E a Linha da Cintura conquistou preferência em detrimento do Rossio

A viagem de comboio entre Sintra e a Estação do Oriente vai demorar, a partir de domingo, menos sete minutos do que actualmente graças a uma reformulação dos horários da CP Lisboa, que tem como novidade a introdução de uma família de comboios directos entre Sintra e Alverca.

A nova oferta procura incentivar as viagens de lazer, e, por isso, além de uma melhor ligação da Linha da Azambuja à de Sintra, pretende também potenciar as viagens à Linha de Cascais. É por essa razão que passa a haver comboios directos da Azambuja para Alcântara-Terra (antes só havia desde Vila Franca de Xira) todos os dias, incluindo nos fins-de-semana. Em contrapartida, os comboios da Azambuja deixam de ir a Santa Apolónia, que será servida apenas pelos suburbanos de Vila Franca Xira e só nos dias úteis.

Aos fins-de-semana e feriados a estação de Santa Apolónia deixa, assim, de ter comboios suburbanos, mas os passageiros do eixo Azambuja-Lisboa poderão usar os comboios regionais. Com os novos horários a Estação do Oriente passa a ser servida por mais comboios devido à nova ligação Sintra-Alverca, assumindo-se cada vez mais como a grande estação multimodal de Lisboa. A Linha da Cintura consagra-se também como a principal receptora e geradora de tráfego, pois a maioria dos passageiros tem origem e destino em Sete Rios, Entrecampos e Roma-Areeiro. Na origem desta decisão está um estudo realizado pela CP que demonstrou que 70% da procura actual tem como destino a Linha da Cintura em detrimento do Rossio.

Esta última nunca recuperou do fecho do túnel, pois o número de passageiros não voltou ao que existia antes daquela infra-estrutura ter fechado para obras. Ao mesmo tempo, a Baixa deixou também de ter tanta procura, em detrimento das Avenidas Novas onde há mais serviços, comércio e empregos. Por isso a CP reduz o número de comboios para o Rossio de seis para quatro nas horas de ponta e aumenta-os de três para quatro fora desse período.

A consequência é que deixa de haver diferença entre a hora de ponta (comboios de dez em dez minutos) e o resto do dia (20 em 20 minutos), passando a haver um horário uniforme com composições de 15 em 15 minutos. Globalmente o número de circulações não diminui, mas, em vez de duas automotoras de quatro carruagens acopladas, circulará apenas uma única UQE (unidade quádrupla eléctrica). A CP entende que uma só unidade é suficiente, pois já não se registam as enchentes do passado e aumentará a percepção de segurança, com um revisor em permanência por composição.

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