Brasil longe do seu melhor bate Portugal inexperiente

Num pavilhão dominado pelo amarelo, a selecção "canarinha" não teve dificuldades em pôr fim à invencibilidade portuguesa

Foi ao som do samba que o Brasil foi ontem construindo um triunfo, por 3-0, frente a Portugal no primeiro jogo da segunda jornada do Grupo A da Liga Mundial de voleibol que este fim-de-semana decorre no Complexo Desportivo de Almada. Uma vitória que terminou com a invencibilidade de Portugal - a selecção lusa venceu os três jogos de qualificação para a fase final da competição e os dois jogos da primeira jornada disputados com o Japão - e reforçou o favoritismo que acompanha desde o início os actuais campeões do mundo e olímpicos.
Apesar do técnico brasileiro Bernardo Rezende afirmar que a sua equipa ainda "está longe do seu melhor nível" e disso se ter notado nos "vários erros cometidos no final do jogo", a seleccção "canarinha" mostrou desde o início a sua superioridade face a Portugal. A jogar em casa - algo que quase não se notou devido a forte presença de apoiantes da formação brasileira presentes no local - a equipa orientada pelo cubano Orlando Samuels entrou nervosa no jogo e cometeu demasiados erros que acabaram por fazer com que o Brasil não tivesse qualquer dificuldade em levar de vencida o primeiro set (16-25). Um nervosismo que foi sendo controlado e que permitiu que no segundo set o jogo fosse mais equilibrado (22-25). Mas foi apenas no terceiro e último set do encontro que a formação portuguesa pareceu querer dar a volta ao resultado.
Aproveitando da melhor forma os erros cometidos pelos seus adversários, Portugal entrou a vencer e manteve-se na frente durante boa parte dos 23 minutos que durou este terceiro período. Mas na recta final o Brasil acabou por se impôr e os pupilos de Samuels não tiveram argumentos para contrariar a supremacia brasileira (23-25).
"Temos que melhorar a todos os níveis. Os jogadores são bons, mas muito jovens e falta-lhes experiência e preparação. Os que actuam em Itália quase não jogam e os que integram equipas portuguesas são muitas vezes suplentes. Basicamente estão agora a recomeçar a jogar", frisou o técnico cubano, salientando que está há pouco tempo à frente da selecção e que este é o grupo que lhe deram para trabalhar.
Já o treinador brasileiro, considera que "a inconstância demonstrada pelo grupo [Brasil] é a prova de que este está longe do seu melhor." "O entrosamento está a crescer, o bloco a melhorar, mas os jogadores ainda têm pouco treino e, como tal, para o momento o resultado foi muito bom", referiu Rezende.

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