Maré negra do Golfo resulta em nova multa milionária
Empresa Transocean, proprietária da plataforma Deepwater Horizon, declara-se culpada e vai pagar 1400 milhões de dólares ao Estado norte-americano.
Uma nova multa multimilionária – de 1400 milhões de dólares (cerca de 1100l milhões de euros) – foi esta quinta-feira fixada em mais um acordo judicial envolvendo a maré negra ocorrida no Golfo do México, em 2010.
A quantia será paga pela empresa Transocean, proprietária da plataforma Deepwater Horizon, que explodiu matando 11 trabalhadores e libertando 4,9 milhões de barris de petróleo, ao longo de três meses, nas águas do Golfo.
A plataforma estava a ser utilizada pela petrolífera BP para a exploração do seu poço Macondo, no fundo do mar. Mas a Transocean também foi responsabilizada, por negligência da sua tripulação, que não terá investigado sinais de que havia problemas no poço, os quais acabaram por provocar a explosão da Deepwater Horizon e a maré negra.
Num acordo judicial, a empresa declarou-se culpada e irá pagar 400 milhões de dólares (cerca de 300 milhões de euros) por multas pelas acusações criminais e mais 1000 milhões de dólares (760 milhões de euros) por infracções à legislação sobre a qualidade da água, segundo um comunicado do Departamento de Justiça norte-americano.
A maior parte do dinheiro será investida nos estados afectados pela maré negra.
“A resolução das acusações criminais e das queixas civis contra a Transocean colocam-nos um passo mais próximos da justiça perante a devastação humana, ambiental e económica provocada pelo desastre da Deepwater Horizon”, afirma o procurador-geral dos Estados Unidos, Eric Holdes, citado no comunicado.
Em Novembro passado, também a BP declarara-se culpada do acidente, num acordo semelhante com a justiça, que pôs fim a novas acusações. A BP concordou em pagar 4500 milhões de dólares (cerca de 3400 milhões de euros) em multas – além dos 14.000 milhões de dólares (11.000 milhões de euros) já gastos nas operações de limpeza e dos 20.000 milhões de dólares (15.000 milhões de euros) dedicados a um fundo para pagar indemnizações às comunidades afectadas.