Hollande promete mil milhões de dólares para fundo climático

Cimeira em Nova Iorque reúne 135 líderes mundiais

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Mais de uma centena de líderes mundiais foram a Nova Iorque para dizer o que podem fazer no combate às alterações climáticas Andrew Burton/AFP

A França vai contribuir, nos próximos anos, com mil milhões de dólares (cerca de 780 milhões de euros) para um fundo da ONU destinado à adaptação dos países pobres às alterações climáticas.

O anúncio foi feito esta terça-feira pelo Presidente François Hollande, numa cimeira convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em Nova Iorque.

O Fundo Verde Climático foi criado em 2010 e o objectivo é que tenha um financiamento anual de 100 mil milhões de dólares (78 mil milhões de euros) em 2020.

A cimeira desta terça-feira em Nova Iorque reúne 125 chefes de Estado ou de Governo, numa tentativa de Ban Ki-moon, o secretário-geral da ONU, para acelerar as negociações para um novo tratado climático global no final de 2015.

"Não estamos aqui para falar, estamos aqui para fazer história", disse Ban Ki-moon, na abertura da cimeira. Durante a manhã (tarde em Lisboa) estavam previstos discursos de quatro minutos, por sucessivos chefes de Estado ou de governo - tempo que muitos não estavam a cumprir. 

O secretário-geral da ONU quer que os países apresentem "acções firmes" para combater o aquecimento global. Mas os discursos não tinham trazido, até às 16h (hora de Lisboa), grandes novidades nessa área, a não ser o anúncio de Hollande e de mais alguns países sobre a questão do financiamento. A Coreia do Sul também se comprometeu com 100 milhões de dólares (78 milhões de euros) para o Fundo Verde Climático e a Finlândia disse que contribuiria com uma "fatia justa".

Muitos países em desenvolvimento optaram por chamar a atenção para os efeitos que enfrentam ou enfrentarão com a subida da temperatura global. "Trinta e seis países africanos estão entre os 50 que mais afectados pelas alterações climáticas", disse o Presidente da Mauritânia, Ould Abdel Aziz.

 

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