Fukushima enfrenta falha no sistema de arrefecimento do combustível

Piscinas com combustível nuclear ficaram sem energia durante quase um dia. Situação foi restabelecida parcialmente esta terça-feira.

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Central de Fukushima foi palco em 2011 do maior acidente nuclear desde Tchernobil Kyodo/Reuters

A empresa japonesa Tepco conseguiu restabelecer parcialmente, na manhã desta terça-feira, os sistemas de arrefecimento de combustível em três reactores da central nuclear de Fukushima, paralisados por uma falha de energia na segunda-feira.

A falha ocorreu ao fim da tarde de segunda-feira (manhã em Portugal), afectando as piscinas dos reactores 1, 3 e 4, destinadas a manter controlada a temperatura das barras de combustível sobretudo usado. A central de Fukushima tem seis reactores, quatro dos quais foram protagonistas de um grave acidente nuclear nos dias seguintes ao sismo e tsunami que abalaram o Japão em 2011.


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Sem o sistema de arrefecimento, as piscinas poderiam entrar em ebulição, reduzindo o nível da água e eventualmente expondo o combustível à interacção com o ar – tal como aconteceu em 2011. <_o3a_p>

A Tepco – operadora da central de Fukushima – conseguiu porém restabelecer a electricidade no reactor 1 às 14h40 (5h40 em Lisboa), cerca 19 horas depois de a energia ter falhado. Às 16h00 (7h00 em Lisboa), a situação foi normalizada no sistema de arrefecimento do reactor 4. <_o3a_p>

A empresa contava reestabelecer a energia no reactor 3 até ao final do dia (final da manhã em Lisboa).<_o3a_p>

Apesar da falha de energia, nenhuma das piscinas chegou perto da temperatura máxima de segurança, que é de 65 graus Celsius. A preocupação maior era com a piscina do reactor 4, a mais carregada de material radioactivo, com 1300 barras de combustível usado e também com 200 barras de combustível não utilizado. A temperatura da água antes da falha era de 25 graus Celsius e chegou a subir aos 30,5 graus Celsius, muito abaixo do limite, segundo a Tepco.<_o3a_p>

A central de Fukushima foi palco, em 2011, do maior acidente nuclear desde o de Tchernobil, em 1986, na Ucrânia. O tsunami destruiu os sistemas de arrefecimento, afectando gravemente quatro reactores. Houve duas explosões, fusão de combustível nuclear e libertação de radioactividade. As piscinas com o combustível usado também foram afectadas.<_o3a_p>

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