Europa tem praias com qualidade excelente em 83,3% dos casos

Portugal em 11.º lugar, a seguir a Espanha, segundo dados da Agência Europeia do Ambiente.

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A barrinha tem uma ligação, protegida por um dique, com a praia da cidade. Que já chegou a perder a bandeira azul por causa da poluição Fernando Veludo/NFactos

As zonas balneares da União Europa apresentam qualidade excelente em 83,3% dos mais de 21.200 locais avaliados, com Portugal no 11.º lugar, depois da Espanha, segundo dados da Agência Europeia do Ambiente.

O relatório da entidade europeia (EEA na sigla em inglês) e da Comissão Europeia, divulgado nesta quarta-feira e referente a dados recolhidos em 2014, realça que "a água das praias da União Europeia (UE) continua a ter elevada qualidade" e 95,1% do total das 21.255 zonas balneares monitorizadas atingem, pelo menos, "suficiente", nota que em Portugal chega a 94,3% das 558 praias abrangidas (543 no ano anterior).

Tanto a percentagem de zonas disponíveis para os banhistas com qualidade excelente, que em Portugal são 80,8%, segundo a EEA, como aquelas a cumprir as regras mínimas definidas pela UE subiram ligeiramente na comparação com o ano anterior (0,6% e 0,5% respectivamente).

As praias com uma água de má qualidade representam 1,9% do total (409 praias), peso que em Portugal é menor, ficando nos 1,1% referentes a seis casos.

A informação divulgada pela entidade europeia baseia-se em dados fornecidos por cada Estado-membro, após recolha de amostras da água das praias do litoral e do interior, dos rios ou lagos, no final de cada época balnear, nos quatro anos anteriores a 2014, seguindo as novas regras definidas pela mais recente directiva comunitária.

Esta lei europeia exige que, até final da época balnear de 2015, todas as águas das praias classificadas tenham pelo menos a nota suficiente e a má qualidade só é admitida se forem concretizadas medidas para resolver a situação.

Do total de praias classificadas na UE, 14.755 são de mar e 85,5% apresentam qualidade excelente, área em que Portugal tem uma posição melhor, com 87,4% das 452 zonas balneares do litoral com nota máxima.

A percentagem sobe quando se analisa o total de praias na costa com qualidade suficiente, atingindo 96,8% entre as europeias e 96,2% nas portuguesas.

Ao contrário, nas praias interiores, que são 6500 na UE (mais de 80% lagos), 78,2% têm qualidade excelente, enquanto Portugal só chega aos 52,8% de nota máxima no total das 106 zonas classificadas.

Na análise do conjunto dos 28 Estados-membros, a que se juntam a Albânia e a Suíça, conclui-se que Chipre, Malta e Luxemburgo são os países que conseguem ter água excelente em todas as suas praias avaliadas.

No ranking da qualidade das praias, segue-se a Grécia, com 97% das praias excelentes, a Croácia (94%) e a Alemanha (90,1%), países que, no entanto, não deixam de ter casos de má qualidade – três na Croácia e 14 na Alemanha.

Itália, Austria, Lituânia e Espanha são os outros países que ficam em melhores posições que Portugal.

Os três Estados-membros com mais praias com água de má qualidade são Itália (107 ou 1,9% do total), França (105 ou 3,1%) e Espanha (67 ou 3,1%).

As análises à água visam detectar os níveis de concentração de enterococos intestinais e a Escherichia coli (E.coli), bactérias que podem indicar a existência de poluição e causar problemas de saúde.

Segundo a EEA, em Portugal foram recolhidas 3012 amostras em 2014.

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