Em 2017, Google vai funcionar apenas com energia renovável

A par das questões ambientais, a multinacional vai pela opção energética mais barata.

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Os 60 000 funcionários dos escritórios da Google vão passar a utilizar energias renováveis Reuters/PETER POWER

Os centros de dados e os escritórios da Google vão ser alimentados apenas com energia renovável, a partir de 2017. “É um marco enorme”, classifica a multinacional. A Google já era a maior compradora de energia renovável no sector da tecnologia: em 2016, 44% da sua energia foi ou é solar ou eólica. Mas a partir do início de 2017, a percentagem vai aumentar para os 100%.

A Google não está sozinha neste esforço. Apple, Facebook e outras empresas fora do sector tecnológico como a IKEA ou a Starbucks também aderiram a uma campanha para atingir a mesma meta.

No caso da Google, este objectivo foi traçado em 2012, mas levou cinco anos a ser implementado porque os contratos e os acordos tiveram de ser celebrados em todos os locais onde a empresa opera. Gary Demasi, director global de infra-estruturas e energia, explica à Reuters que, no total, celebraram “19 novos acordos” com empresas de energias renováveis.

Apesar de estarem conscientes da emissão de gases de efeito estufa e da sua pegada de carbono, as preocupações não foram apenas ambientais. “Também se tratou de bloquear preços a longo prazo”, explica Marc Oman, líder de energia europeu da Google, citado pelo Guardian – “cada vez mais a energia renovável é a opção mais barata”.

“Ao longo dos últimos seis anos, o custo da energia eólica e solar decresceu 60% e 80%, respectivamente”, argumenta  no blog da empresa um responsável, Urs Hölzle, vice-presidente das infra-estruturas técnicas da Google. Para prevenir a flutuação de preços, a empresa precisou de fazer contratos a longo prazo, no caso, com a duração de dez anos.

A Google não nega que, para além da energia eólica e solar, poderá vir a utilizar energia nuclear. “Estamos a olhar para todas as formas de energia com baixa emissão de carbono”, explica Oman ao Guardian.

A empresa garante, também, que está a trabalhar na sustentabilidade energética de outras empresas da Alphabet, da qual a Google faz parte desde 2015.

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