Associações criam grupo de trabalho para acompanhar mercado do arrendamento

Estagnação do mercado e enquadramento legal são duas das preocupações das associações.

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Mercado de arrendaemnto dá sinais de abrandamento.

Várias associações de proprietários, de inquilinos, de comerciantes e da fileira da construção decidiram criar um grupo de trabalhar para acompanhar o mercado do arrendamento, e o PÚBLICO apurou que a primeira reunião de trabalho está marcado para a próxima segunda-feira.

O grupo agora criado agrega a Associação Lisbonense de Proprietários e a Associação Nacional de Proprietários, bem como as duas associações de inquilinos, a Lisbonense e a do Norte. Fazem ainda parte a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e a APEMIP- Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal.

O PÚBLICO apurou que na dinamização do grupo, ainda sem nome específico, estão várias preocupações relativamente ao enquadramento legal e fiscal do mercado de arrendamento, que depois de um período de algum dinamismo começa a dar sinais de estagnação. Em sentido inverso, a opção das famílias começa a voltar-se novamente para a compra de casa.

O grupo pretende recuperar a comissão de avaliação da lei do arrendamento, criada no âmbito da nova Lei das Rendas, mas que não voltou a reunir-se desde Maio do ano passado. Dessa comissão saíram várias recomendações de alteração ao regime do arrendamento.

Entretanto, o Governo criou um novo grupo de monitorização do mercado da habitação, que agrega várias entidades públicas, de diversos ministérios, mas que não conta com a participação de entidades privadas.

Os últimos dados do Gabinete de Estudos da APEMIP – Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal referem que o mercado imobiliário português segue a tendência positiva iniciada em 2014, estando o mercado de compra e venda a registar um comportamento superior à procura de arrendamento, com uma diferença de 50,3% para 47,5%.

Luís Lima, presidente da APEMIP, refere que o dinamismo do mercado imobiliário resulta da melhoria da economia portuguesa, que, apesar de lenta, confere ao mercado de consumo uma maior confiança para investimentos como a compra de casa.

Paralelamente, este responsável defende que “os preços do arrendamento continuam a não ser competitivos quando comparados com o valor da prestação de crédito à habitação”.

Notícia corrigida por erro na identificação de associação que integra o grupo de trabalho. É a APEMIP - Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal que integra o grupo e não a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário, como inicialmente se referiu.

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