Um quinto dos desempregados voltou a trabalhar no 1.º trimestre do ano

Dados do Eurostat mostram que 20,2% dos desempregados em Portugal conseguiram emprego entre Dezembro e final de Março. Média europeia é de 15,4%.

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Transição dos desempregados para o mercado de trabalho ganha ritmo Enric Vives-Rubio/PÚBLICO

Um quinto das pessoas que estavam desempregadas no último trimestre de 2015 conseguiu voltar a trabalhar no início de 2016. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira pelo Eurostat e mostram que os fluxos no mercado de trabalho em Portugal foram superiores à média europeia e melhoraram em comparação com o ano passado.

Em Portugal, 20,2% das pessoas que estavam sem emprego no quarto trimestre de 2015 reentraram no mercado de trabalho entre Janeiro e Março, uma percentagem compara com os 15,4% registados em toda a União Europeia (UE).

Comparando o primeiro trimestre de 2016 com o que aconteceu no início do ano passado, o Eurostat conclui que a percentagem de desempregados a transitar para a vida activa teve uma melhoria de 1,5 pontos percentuais.

Estas percentagens traduzem-se em 128 mil desempregados que conseguiram um emprego entre final do ano passado e o arranque deste ano.

Contudo, há uma percentagem significativa de pessoas (62,3%, menos 4,6 pontos percentuais do que no período homólogo) que continua à procura de trabalho e 17,5% (mais 3,1% do que no primeiro trimestre de 2015) que transitou do desemprego para a inactividade. Ainda assim, Portugal está abaixo da média de toda a UE, onde 65,7% permanecia no desemprego e 18,9% passa a inactivo.

Na comparação com os restantes parceiros europeus, a Dinamarca foi o país que apresentou a maior percentagem de desempregados a transitar para um emprego (30,3%), seguindo-se a Suécia (22,5%) e a Áustria (22,3%), todos estes países são conhecidos por terem um mercado de trabalho bastante flexível. Portugal aparece em quarto lugar.

A Bulgária (3,2%), a Grécia (4,3%) e a Roménia (5,3%) foram os países onde as transições do desemprego para o emprego abrangeram menos pessoas.

O Eurostat alerta que os fluxos do mercado laboral apresentados são fortemente influenciados pela sazonalidade (seja o turismo no Verão, ou a existência de estudantes que acabaram a sua formação e que começam a procurar emprego em determinadas épocas do ano) não dependendo apenas das condições da economia.

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